Procrastinação em contexto escolar...


Hoje, a procrastinação é um fenómeno mais comum entre os estudantes do que nunca, visto que estes têm muita coisa para fazer com um tempo muito limitado. Segundo a literatura, existem várias razões para os comportamentos procrastinadores. É muito frequente o indivíduo não entrar em ação até ao último minuto ou até mesmo entrar em ação depois do prazo estabelecido (Zarick & Stonebraker, 2009).
Segundo Steel (2007; 2010) a procrastinação académica pode ser entendida como um atraso voluntário da conclusão de uma tarefa académica dentro do prazo estipulado ou desejado, apesar de a expectativa do atraso ser algo desagradável. Também pode ser descrita como o retardar do início de uma tarefa, que eventualmente se pretende concluir, até que o indivíduo experimente desconforto emocional por não ter realizado a tarefa mais cedo (Lay & Schouwenburg, 1993). Já Chu e Choi (2005) explicaram a procrastinação como sendo um défice de autorregulação no desempenho individual.
A procrastinação, para além de estar associada a níveis elevados de stresse e de ansiedade, leva também a um desempenho académico insatisfatório que, por sua vez, se irá refletir na autoestima do individuo (Ferrari, O’Callaghan, & Newbegin, 2005).
Uma grande percentagem de alunos sofre de procrastinação académica, tendo consequências negativas relacionadas com este comportamento de adiamento das tarefas escolares. Por exemplo, a procrastinação académica está relacionada com:
- baixo rendimento escolar (Beswick, Rothblum, & Mann, 1988; Tice, & Baumeister, 1997);
- depressão (Sadler, & Sacks, 1993);
- desânimo/abatimento (Lay, 1995);
- falta de pontualidade, dificuldade em seguir instruções (Lay, 1986; Rothblum, Solomon, & Murakami, 1986; Solomon & Rothblum, 1984);
- aumento de problemas de saúde com a aproximação dos prazos para entrega dos trabalhos (Tice & Baumeister, 1997).
Seria necessário tomar certas medidas no contexto escolar para que os níveis de procrastinação possam diminuir, trabalhar a motivação, a ansiedade e um acompanhamento mais individualizado podem ser algumas dessas medidas a implementar.

                                      
                                     




Anabela Baptista - estagiária de Psicologia, nesta Escola, no ano letivo de 2011/2012

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