No jardim da nossa Escola vive uma menina...



A uma Menina que habita os nossos dias...
(Comemorações do Centenário do nascimento do escultor Maurício Penha)
No jardim da nossa Escola vive uma menina, discreta, serena, bela...
Escultura de Maurício Penha "A menina lendo" - jardim da Escola S/3 S. Pedro - Vila Real
Escultura que é uma menina,
Aluna interessada e serena amiga
Ela é uma obra de arte rara
Será que foi muito cara?

Maurício Penha, um grande escultor
Que no século XX viveu.
Esta sua bela obra
A nossa Escola engrandeceu.
Catarina Barros | Filipe Lima | Manuel Monteiro – 9.º F

O seu semblante harmonioso foi sendo polido e suavizado pela chuva e pelo vento.
Tudo aguenta sem se queixar: o frio rigoroso do inverno, o sol impenitente do verão.
Todos os dias, há muitas décadas, os alunos passam por ela ao entrarem e saírem da Escola.
Será que já a viram? Será que o seu olhar já pousou, já se demorou na sua figura perfeita?
Não sei! Sei, no entanto, que a sua presença suscita em mim muitas questões e curiosidade.
Como se chama? Que idade tem? Que livro lê? Gosta de quê? Que sonhos sonha?
Observo-a e procuro resposta para as muitas perguntas que me invadem o pensamento.
Gostaria de lhe dar um nome. Maria, talvez…
A idade não importa, é intemporal como o granito em que foi esculpida. Jovem para sempre!
Interessante seria conversar com ela sobre livros. Conhece, como ninguém, o livro que tanto lê. Será Tolstoi? Camões? Fernando Pessoa?...
Podia sugerir-lhe outras leituras, Banda Desenhada, porque não?
Gosta das conversas que vai ouvindo ou prefere o chilrear dos passarinhos?
Gosta do movimento dos dias de aula ou prefere o sossego das férias e domingos?
Gosta do lugar que ocupa no jardim ou prefere um lugar mais calmo?...
O que sonham os seus olhos?
Ganhar vida e deixar de ser menina de pedra? Conhecer a cidade onde vive? Partilhar o voo dos pássaros? Vestir-se de flores todas as primaveras? Vestir uma saia rodada e uma blusa de folhos? Molhar os pés num regato? Poder correr, brincar com os alunos?
Não sei, o seu olhar guarda segredos infindos!
Gostava, nos dias ensolarados, de me encostar a ela, à tardinha, e sentir o calor do sol que generosamente guardou.
Obrigada escultor Maurício Penha pela beleza desta obra. O seu nome e talento perpetuam-se nela.

Professora Rosalina Sampaio 


Afirmo, com toda a sinceridade, que nunca olhei “com olhos de ver” a grande escultura que existe na entrada principal da Escola. Todos os dias passo por ela, pelo menos, duas vezes. Penso, porém, que partilho esta “indiferença” com muitos outros alunos. Tento lembrar-me dos pormenores que encerra e não é fácil. É uma menina/mulher com suaves traços faciais, cabelo curto, sentada no meio de uma estrela feita de buxo. Lê um livro sem descanso, nunca levanta o olhar. A sua atitude e a presença do livro representam, para mim, o estudo, simbolizam a sabedoria. Recorda a todos a importância do esforço, do trabalho e do estudo. Diz a todos que esta é uma casa do saber!
Mafalda Viseu – 9.º A


É difícil passar pela Escola S/3 S. Pedro e não reparar na bela escultura que embeleza a entrada. Ela é parte integrante da História da Escola desde a sua inauguração. É uma menina que fará, em breve, 52 anos. O seu criador, o escultor Maurício Penha, foi aqui professor. A menina retrata todos os estudantes desta Escola: os que aqui estudaram, no passado, os que estudam, no presente e os que estudarão no futuro.
Não haverá muitas escolas no país que tenham o privilégio de possuir uma obra de arte da escultura portuguesa. Devíamos olhá-la com mais atenção e carinho. É bonita!
Rita Pereira | Marcus Coelhoso - 9.º F

Certa manhã de verão, um senhor distinto passeava perto de uma pedreira, procurando inspiração para a escultura que lhe tinha sido encomendada pelo Diretor de uma Escola de Vila Real que ia inaugurar um novo edifício. Maurício Penha era o nome do senhor distinto. Pesquisando encontrou o bloco de granito claro que lhe interessava para a sua obra de arte. No conforto da sua casa, vai concebendo os esboços para realizar o trabalho. É um trabalho demorado, de pormenor. É preciso dedicar muita atenção a cada traço e buscar sempre a harmonia. Começa o trabalho no bloco de granito que vai sendo modelado pelo cinzel e saber do escultor.
Num momento de cansaço, pensa ouvir uma voz, descobre, com estranheza e espanto, que ela provém da obra que está a executar. É uma voz doce de menina que faz alguns pedidos/exigências:
- “Se vou passar a eternidade no mesmo sítio, por favor, não quero estar de pé, vou cansar-me. Dá-me uma atividade para fazer, não quero aborrecer-me. Dá-me um livro. Outra coisa - não gosto de cabelos compridos, curtos são mais práticos. Não te esqueças que gosto muito de estar rodeada de árvores. Um jardim era o local ideal. Gostaria, ainda, de ter sempre crianças e jovens por perto.” O escultor sossegou-a e disse-lhe que ela iria ficar na Escola S. Pedro. Ficou feliz!
Ana Rita Teixeira I Hugo Domingos – 9.º F














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