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A Minha Escola...

A Minha Escola - Primeira Geração

A Escola tem 50 anos de existência o que permitiu educar e formar três gerações. O Broas foi à procura de alunos cujos pais e avós aqui tivessem estudado. Identificámos vários casos, mas, por falta de espaço,  pedimos apenas a uma aluna e à sua família que testemunhassem a sua passagem por esta Escola.
 
António Durão do Amaral 
67 anos - reformado (restauração) 
Estudou sete anos na Escola S. Pedro (cinco anos no anterior edifício e dois anos no actual)
Comecei por estudar no edifício antigo da São Pedro em 1956, passado cinco anos, mais tarde, passei para o novo edifício onde estudei durante dois anos, no curso industrial. A escola, como a conhecemos hoje, não existia na minha altura, havia um respeito enorme pelo professor, por exemplo, quando o professor chegava, a turma tinha de se levantar e só se sentava quando o professor autorizasse, não havia qualquer tipo de falta de respeito ao professor, havia uma certa distância entre aluno e professor.
Os professores que mais me marcaram, pela positiva, foram o professor de Tecnologia, Engenheiro Vaz Osório, e a professora Noémia Sampaio, de Português. Eram bons professores, muito empenhados, preparavam bem as aulas, que funcionavam muito bem. Interessavam-se pela aprendizagem dos alunos.
Na minha altura existiam torneios de andebol e basquetebol contra as outras escolas, eu adorava! O balanço que eu faço da minha vida estudantil nesta escola é muito bom, adquiri muitos conhecimentos que me ajudaram na minha vida, fiz muitas amizades que me ajudaram e que ainda hoje mantenho.

A Minha Escola - Segunda Geração
Marco Carlos Barbosa do Amaral
41 anos - curso de Educação Física incompleto
Comecei a estudar nesta Escola no ano de 1985 com 16 anos, estudei nesta escola 3 anos. Na altura a relação dos alunos com os professores era uma relação com muito respeito.
Houve muitos professores da Escola S. Pedro que me marcaram, mas a que mais me marcou foi a Professora de Geografia, Conceição Rodrigues, que tinha grande simpatia e carinho pelos alunos, mesmo pelos de Desporto, que eram “terríveis”.
Dos funcionários tenho, igualmente, boa recordação de todos, mas aquele com quem simpatizava mais era o Senhor Libório, que está na portaria e controla as entradas e saídas na Escola. Ele gostava de nos acompanhar quando íamos jogar com as outras escolas e dava conselhos. A Festa das Broas era o ponto alto do ano. Durante as Broas os alunos davam concertos, faziam teatros, havia torneios entre as turmas, entre muitas outras actividades. Eu participava nas provas desportivas. A minha vida estudantil nesta escola foi óptima, pois aprendi muito e fiz muitas amizades que ainda hoje mantenho.

A Minha Escola - Terceira Geração
                                                                                                                                   
Erica Miranda Amaral 
14 anos - natural de Vila Real
Estudante - três irmãos (os gémeos de 3 anos e o pequenino de um ano)
gosta de tocar guitarra, de acampar e de brincar com os irmãos.

Comecei a estudar nesta Escola no ano passado, quando tinha 12 anos. Escolhi esta Escola porque é muito perto da minha casa, venho a pé e os meus amigos e colegas dos 1.º e 2.º ciclos vieram, também, para aqui estudar.
Custou adaptar-me ao espaço, a Escola Diogo Cão, onde fiz o 2.º ciclo, funciona em edifícios de um piso só, tendo as salas porta para o exterior, não havia escadas, nem corredores, nem empurrões,… aqui há mais alunos. Os “grandes”, os do Secundário, não são muito visíveis pelo facto de eles terem mais aulas de manhã e nós, o 3.º ciclo, de tarde.
A nível de estudo também foi uma grande mudança, há mais disciplinas, mais professores, mais trabalho, mais exigência. Eu estou aqui há relativamente pouco tempo, por isso ainda ninguém me marcou, mas já conheci muitas pessoas que me ajudaram.
Gosto das actividades que a Escola propõe e procuro participar nelas. Entre aquelas em que participei destaco as Olímpiadas do Ambiente e o Projecto Parlamento dos Jovens.  Ambas foram experiências positivas. Pelo segundo ano, formei lista e participei em todas as fases do projecto do Parlamento dos Jovens - sessão escolar - sessão distrital e este ano, com grande alegria, também estive na sessão nacional. Nos dias 2 e 3 de Maio, fomos a Lisboa, à Assembleia da República, para a terceira e última fase do Projecto, a sessão nacional. Gostei de tudo, foi uma experiência incrível.
No sábado, dia 4 de Junho, participei com outros colegas nas Comemorações do Cinquentenário da Escola neste edifício. Tocámos guitarra e cantámos a canção A Fisga, dos Rio Grande. Foi bonito e os ensaios foram divertidos.
Na Festa das Broas gosto do concurso de talentos e das actividades desportivas. O pouco tempo que eu passei nesta Escola não me permite fazer um balanço definitivo, mas, se tudo continuar assim, acho que vai ser um percurso bom, com mais altos do que baixos.

Comemorar o Cinquentenário

A Escola S. Pedro, ao longo deste ano lectivo, comemorou os seus 50 anos no actual edifício. Foram muitas as iniciativas que lembraram a todos os momentos e as pessoas mais marcantes neste meio século de existência.
O programa comemorativo completou-se no dia 4 de Junho, sábado, com um conjunto de actividades que ocuparam o dia todo. Estiveram presentes todos os que quiseram participar neste momento importante da vida da Escola. O Senhor Presidente da Câmara, a Senhora Vereadora da Educação e membro do Conselho Geral e outras altas individualidades da vida política e cultural vila-realense marcaram presença na efeméride. Obrigado a todos!

A Escola e as Pessoas - Assistente Operacional Sílvia Lage

Sílvia da Conceição Peixoto Pinheiro Lage
Natural de Vila Real (freguesia da Torgueda)
9.º ano de escolaridade
Casada - dois filhos
Assistente operacional nesta Escola há 12 anos.
Redes sociais é assunto que desconhece.

 A minha ligação a esta Escola é curiosa, começou como Encarregada de Educação, os meus dois filhos estudaram aqui do 7.º ano ao 12.º ano. O meu filho mais velho tem 29 anos e a minha “menina” tem 26 anos. Já?! Como assistente operacional comecei há 12 anos. Devo dizer que foi o meu único emprego. Escolhi esta Escola porque é a que fica mais perto de minha casa e sempre ouvi falar bem dela. Trabalho no Balneário Feminino e gosto muito do que faço e do facto de conhecer, bastante bem, as alunas da Escola. Sou muitas vezes confidente e ombro amigo.


Sílvia Lage

A Escola e as Pessoas - Assistente Operacional Cândida Gonçalves

Cândida Alice Pinto Matias Gonçalves
Natural do Porto
Na sua infância viveu em Luanda e Benguela
Vive há 34 anos em Vila Real
Casada - mãe de dois filhos
Tem o curso de Técnica de Biblioteca da UTAD
Está a concluir uma licenciatura em Educação na Universidade Aberta
Está no Facebook, Hi5 e WikiSpace, tem 2 blogs sobre educação. O curso obriga!

A minha vida cruzou-se, pela primeira vez, com a da Escola há 32 anos, em 1976, quando vim fazer o 9.º ano de Contabilidade. Nos anos seguintes, no regime nocturno, fiz o 1.º e 2.º anos de Contabilidade. Interrompi a minha ligação com a Escola e, em 1981, retorno para fazer o 12.º ano à noite. Em 1999, regresso definitivamente para trabalhar como auxiliar da acção educativa. Aliás, tinha feito aqui exame para concorrer para esse emprego. Trabalho há 12 anos nesta Escola e há 11 na Biblioteca. Gosto da Escola e de trabalhar na Biblioteca. Gosto do serviço de catalogação, da informática e de lidar com os alunos. Constato que houve uma evolução muito grande na tecnologia e no trabalho que é cada vez mais exigente e complexo. Gostava que a Biblioteca estivesse mais actualizada nos seus equipamentos. Vamos esperar pelas ansiadas obras.

As actividades das festas das Broas são momentos de revelação, espanto-me com os dotes dos alunos que cantam, dançam, representam,… sensibilizou-me muito a presença de antigos alunos no funeral de uma funcionária. Prova que existem laços afectivos entre os alunos e os, agora, assistentes operacionais.

O acontecimento que mais me marcou foi a guerra colonial que afectou, directamente, a minha vida.  Pôs fim à minha infância feliz em espaços abertos e amplos horizontes. Tinha 13 anos e acompanhada pelo meu irmão de 19 anos saímos de Angola debaixo de fogo.  Fomos de barco do Lobito para Luanda. Em Luanda estivemos, com muitas outras crianças e jovens, três dias no quartel à espera da oportunidade de fazer a viagem para o aeroporto. Tentámos, várias vezes, mas éramos apanhados por fogo cruzado e tínhamos que recuar. Por fim conseguimos.

Momentos felizes, nestes 50 anos, foram a minha infância num clima tropical, com muito sol, perto de praias de águas cristalinas e quentes, com fruta saborosa e sumarenta. Recordo cheiros, sabores, o colorido das roupas, a alegria. Já adulta, o meu casamento, quando tinha 25 anos, o nascimento dos meus filhos, neste momento com 22 e 10 anos, as férias na Suíça, a neve é bela, onde o marido esteve a trabalhar...

Para o futuro, não tenho sonhos, ambições materiais. Grande casa, grandes carros, não me interessam! Quero acabar o meu curso, ver os meus filhos formados e empregados. Saúde para todos. Desenvolvimento para o país e melhores condições de vida para os Portugueses. Será pedir muito?




A Escola e as Pessoas - Professora Rosalina Sampaio

Rosalina Augusta Soares Alves Sampaio
Natural de Chaves - criada em Guimarães e Lisboa
Licenciada em História pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa
Professora de História há 24 anos
Casada - mãe de dois filhos
O tema do jornal “obrigou-a” a descobrir o mundo das redes sociais. É uma área a explorar!
 





A escolha desta fotografia
é uma homenagem à irmã Bernardette
a pessoa mais importante da minha infância.







A Escola de S. Pedro entrou, de modo efectivo, na minha vida quando saíram os resultados do concurso de colocação de professores de 2009 e passei a pertencer ao quadro definitivo desta Escola. Consegui, à terceira tentativa, ser colocada em Vila Real, na primeira escola que escolhi.  Quando aqui me apresentei, não era a primeira vez que entrava na Escola. O ter sido, muitos anos, correctora de exames nacionais do 12.º ano conduziu-me, a ela, em diferentes anos. Gostei da entrada e do arvoredo, mas constatei o quão velhinha a Escola era no interior. Nesta Escola, satisfiz um grande desejo: dar aulas em salas com estrado. Não tem nada a ver com autoritarismo, é prático e permite uma visão excelente e completa da turma. Espero que as obras de remodelação não os eliminem.

A minha vivência na Escola é curta para ter uma visão definitiva. Comparando com outra, em que trabalhei muitos anos, reconheço que esta funciona muito melhor a todos os níveis. Apercebi-me que quanto maior é o meio, melhor é a preparação dos alunos e mais interventivos são os encarregados de educação. Por vezes, com alguns exageros.  A Festa das Broas foi uma descoberta inesperada e agradável. 

Quase 50 anos de vida dão-me tolerância, novas perspectivas e permitem-me relativizar muito do que considerava importante. Por outro lado, tira-me paciência para a estupidez, ignorância e afins, fanatismos e outros “ismos”. Desgosta-me a “nostalgia” do Salazar que vejo, por vezes, evocada. Eu tinha 12 anos no 25 de Abril de 1974 mas lembro-me bem do nível de vida da maioria das pessoas. Era muito mau. Fico pesarosa quando ouço criticar, por hábito, o país e os Portugueses. Quando vivemos no estrangeiro, eu vivi ano e meio em Paris, reconhecemos o quanto amamos o nosso país e valorizamos os aspectos positivos. Já sobrevivemos a quase nove séculos de História (completam-se a 5 de Outubro de 2043), havemos de ultrapassar todos os escolhos que vão surgindo no caminho. Lamento o “abandono” a que foi votada a História, sobretudo a História de Portugal, no Ensino Básico. A História é fundamental para nos situar no Mundo e desenvolver competências e valores como o espírito crítico e a tolerância. Citando Norman Cousins “A História é um enorme sistema de aviso prévio.” Talvez se os políticos soubessem mais História não cometessem os erros que fazem. O talvez está a mais!

Para os próximos tempos queria, sobretudo, tempo. Tempo para coisas simples, prosaicas, ou mesmo ridículas para alguns, que me renovam a alegria e me apaziguam com a vida. Tempo para ir procurar violetas, nas margens dos rios, ribeiros e riachos, para mergulhar os pés e pernas nos rios de águas mansas. Um dos meus sonhos é ter uma casa nas margens de um ribeiro. Queria tempo para ler todos os livros maravilhosos que ainda não li, ver ou rever todos os filmes que me apaixonam, voltar a extasiar-me perante os Nenúfares de Monet no Musée de L’Orangerie, em Paris, deslumbrar-me, “encore une fois”, com as rosáceas de Nôtre-Dame, contemplar a nossa Custódia de Belém, para mim a obra de arte mais bonita do nosso património artístico, no MNAA (Museu Nacional de Arte Antiga). Tempo para (re)visitar castelos e museus. Dois meses para percorrer, em Itália, os caminhos do Renascimento. Florença, Siena, Veneza, Roma...

Procuro, nas aulas e actividades que desenvolvo com os alunos, transmitir o conhecimento e a grandiosidade da nossa História e o respeito pela nossa identidade e cultura. Viva Portugal!


A Escola e as Pessoas - Professora Carmen Carvalho

Carmen Maria Pais de Carvalho
Natural de Viseu - casada - duas filhas
Professora de Biologia e Geologia
Vive em Vila Real há 19 anos, 13 dos quais a leccionar nesta Escola.
Não pertence a nenhuma rede social, nem sente necessidade.


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A Escola S/3 de S. Pedro entrou na minha vida em Setembro de 1992, tinha 30 anos de idade e a minha primeira filha era recém-nascida. Concorri para Vila Real para que a família ficasse unida, o meu marido estava a trabalhar na UTAD. Foi um ano difícil, arrasante! A menina era bebé, não tinha apoio de pais ou sogros, que estavam longe. Leccionava oito turmas o que perfazia mais de 200 alunos. Tinha aulas ao sábado, até às 13 horas. Nessas manhãs, o convívio era agradável e alegre, os professores eram novos e havia os grupos de estagiários. Lembro-me de algumas turmas marcantes e originais, só de rapazes repetentes, de desporto. Na minha profissão, para lá do prazer de ensinar, gosto da comunicação com os alunos, de acompanhar esta fase importante das suas vidas. É o sal da profissão. Estive um ano no CAE e aí descobri o quão gosto de dar aulas.
        
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Nos acontecimentos, destaco a Feira Medieval que decorreu em Março de 2008.  Foi um momento de união sem precedentes, toda a comunidade escolar se empenhou e participou. A Câmara e o Governo Civil foram, igualmente, envolvidos nessa dinâmica. Nesses dias consegui ser da  nobreza e ser cigana. É bom pormo-nos no lugar dos outros, ganhar outras perspectivas.

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Nestes quase cinquenta anos, vivi alguns dos momentos fundamentais na vida de um ser humano. Conheci o meu marido em Coimbra, onde ambos estudámos e nos descobrimos conterrâneos de Viseu que nunca se tinham cruzado. Constituí uma família adorável, por vezes relegada para segundo lugar, devido a esta profissão tão exigente e absorvente. No futuro, mudarei de Escola e de terra se tiver que ser. A vida é feita de mudanças.
Marcou-me positivamente o Projecto Comenius. Com a colega Elsa Rebelo fui à Alemanha ao encontro preparatório para elaborar o projecto. Interagimos com a Suécia, Bósnia, Holanda, Alemanha, Polónia e Reino Unido. Estive no 1.º encontro de professores e no último, na Holanda, com os alunos.
Como projectos futuros quero fazer um doutoramento e talvez outra licenciatura, aprender a falar Inglês correctamente, aprender outras línguas, eventualmente viver noutro país.
Gostava que os professores fossem tratados com a dignidade merecida, a começar pelos próprios colegas. A união dos professores na luta pela carreira docente e contra a injustiça do processo de avaliação foi um dos momentos mais gratificantes que vivi. As manifestações em Lisboa foram emocionantes! Durou pouco a união! Lamento!


História da Escola e de Quem a Habita

A Escola e as Pessoas

A Escola faz 50 anos! Fomos procurar pessoas que aqui trabalham e partilham com a Escola o ano do nascimento - 1961. Pedimos a duas professoras e duas assistentes operacionais para darem o seu depoimento/testemunho, contemplando os seguintes itens - Quando e como a Escola entrou nas suas vidas - O que comportam 50 anos de vida -  Quais os acontecimentos que destacam na sua vivência de 50 anos - Quais os projectos para os próximos 50 anos (?!?!). E, porque o tema obriga, qual a ligação que têm às redes sociais.


Os testemunhos:
Assistente Operacional Cândida Gonçalves
Assistente Operacional Sílvia Lage
Professora Carmen Carvalho
Professora Rosalina Sampaio







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