Literatura Portuguesa...

A Literatura é uma expressão artística que usa como matéria-prima a palavra. A Literatura acompanha a Língua desde as origens conferindo-lhe substrato e estrutura. A Literatura começa na tradição oral, na poesia trovadoresca medieval e, no século XVI, nos poemas da Bela Infanta e da Nau Catrineta. A obra literária matricial da Língua Portuguesa é, sem dúvida, Os Lusíadas, de Luiz Vaz de Camões, poeta português do século XVI.
O conceito Literatura de Língua Portuguesa engloba toda a produzida nos nove países da Lusofonia. O conceito Literatura Portuguesa restringe-se à que é feita em Portugal ou por escritores portugueses, que vivam fora do país.
Representámos alguns dos escritores, que maior contributo deram para a Literatura Nacional e lembrámos pequenos trechos de obras suas.

Gil Vicente - c. 1465 - c.1536
Por mais que a dita m’engeite, // Pastores, não me deis guerra;// Que todo humano deleite, // Como o meu pote d’azeite, // Há de dar consigo em terra.

Luiz Vaz de Camões - c. 1524 - 1580
Os bons vi sempre passar // No mundo graves tormentos; // E para mais me espantar // Os maus vi sempre nadar // Em mar de contentamentos.

Padre António Vieira - 1608 - 1697
[…] e isto é o que padecem os pequenos. São o pão quotidiano dos grandes.
Terrível lavra é um Non. Não tem direito nem avesso. Por qualquer lado que o tomeis sempre soa e diz o mesmo.

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett - 1799 - 1854
Jorge: Romeiro, Romeiro, quem és tu? // Romeiro: Ninguém!

José Maria de Eça de Queirós - 1845 - 1900
Depois, desconfiado, provou o caldo, que era de galinha e rescendia. Provou - e levantou para mim, seu camarada de misérias, uns olhos que brilharam, surpreendidos. Tornou a sorver uma colherada mais cheia, mais considerada. E sorriu com espanto: - Está bom!

Fernando António Nogueira Pessoa - 1888 - 1935
Não digas nada! // Nem mesmo a verdade // Há tanta suavidade em nada se dizer // E tudo se entender - // Tudo metade // De sentir e de ver… // Não digas nada // Deixa esquecer

José de Sousa Saramago - 1922 - 2010
Desprendeu-se a vontade de Baltasar Sete-Sóis, mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia e a Blimunda.

António Lobo Antunes - 1942
E lembro-me, comovido e suspenso, da casa do Algarve rodeada de ralos e figueiras, do céu morno da noite tingido pelo halo longínquo do mar, […].

Gonçalo Manuel Albuquerque Tavares - 1970
 O tempo, num país inteligente, é a extensão mais significativa. […] Porém, é a História de um país que dá a intensidade da ligação da árvore à terra. E cada país é uma árvore.


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