O SARS-CoV-2 na minha vida... Assistente Operacional - Mãe e Encarregada de Educação


Sou auxiliar de ação educativa na Escola Secundária São Pedro e, ao mesmo tempo, encarregada de educação do meu filho mais novo, Rafael Gama, que frequenta o 8.º ano de escolaridade, na mesma Escola. Tenho ainda uma filha, a Sara, que está a terminar os estudos universitários, mas já possui mais independência no que toca aos estudos e à vida em si, então já não é tão dependente de mim. No entanto, com o início da pandemia teve de voltar a casa. 

Já não estava habituada a tê-la em casa, mas é uma estranheza boa.

As primeiras semanas de isolamento foram as mais difíceis porque estávamos, os três, a habituarmo-nos às rotinas de cada um e a aceitar esta nova  situação. Tive muitas vezes os meus filhos a “discutirem” por causa da Internet ou para haver silêncio. Quando acalmados os ânimos, pensava, para comigo, que até já tinha saudades de viver estes momentos.

Em relação aos novos métodos de ensino, eu acho que o nosso país, em tão pouco tempo, conseguiu implementar boas medidas, face ao panorama que estamos a viver. Claro que nunca chegará “aos calcanhares” dum ensino presencial, mas deram importância e prioridade aos anos escolares que precisavam, o que foi fundamental. Para além disso, ao seguir a educação do meu filho, vejo que os professores continuam a fazer esforços para continuarem a dar as aulas e a lecionar a matéria, o que traz muitas vantagens, porque noto que está mais motivado ao ter aulas síncronas.

Sobre a pandemia, eu confesso, já estive mais assustada. Sei que as coisas ainda vão demorar a voltar ao normal e que muitos estudantes foram prejudicados, mas temos de ser positivos. Custa-me ver os meus filhos em casa desmotivados e por vezes tristes, mas eu sei que eles estão a fazer os possíveis para conseguir ultrapassar este obstáculo, tal como eu.

Nem tudo é mau e eu acredito que esta pandemia nos está a mostrar que o ser humano se consegue adaptar a qualquer mudança, apesar de continuar a haver pessoas irresponsáveis que gostam de desafiar as regras impostas, mas isso haverá sempre. Felizmente, a maioria das famílias está junta e vai conseguir derrotar esta adversidade e, aos poucos, tudo vai voltar ao normal. É o que eu espero, porque a Escola não é a mesma sem os seus alunos. 

 

Há demasiados espaços vazios e silêncios!

 

Susana Gama | Encarregada de Educação

 

O Broas

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