Cont. - Ai Portugal, Portugal - Passado, Presente e Futuro..


Aprendi o que Portugal foi. Começámos como um povo forte e destemido, pequeno mas bom, uma aldeola – Portucale rodeada por mar e inimigos. Com o passar dos anos e séculos assinámos tratados, conquistámos territórios e travámos batalhas que pareciam não acabar. Neste ambiente de conquista/derrota, descobrimos a primeira mina de ouro. A conquista dos mares permitiu-nos um crescimento económico estrondoso e tornou-nos uma das maiores potências económicas mundiais. Ironia, os Judeus expulsos de Portugal por D. João II e D. Manuel I refugiam-se em países que mais tarde vão ultrapassar Portugal.
Com um território europeu definido há séculos e um ambiente de crise financeira, económica e social, acaba-se a monarquia, implanta-se a Primeira República. Depois, acaba esta e surge-nos António de Oliveira Salazar. Questiono-me sobre como estaria Portugal se tal pessoa não fizesse parte da História Portuguesa. Afinal, as reservas de ouro ainda existentes (o que nos resta, para além da alma e da crise) são fruto das medidas de austeridade tomadas há umas décadas. No tempo em que uma sardinha dava para três pessoas.
O povo saiu à rua, acaba o Estado Novo, Portugal torna-se mais pequeno sem as suas colónias. Depois de tantos anos de comércio lucrativo, de explorar indígenas e aumentar o saldo positivo da balança comercial portuguesa, conseguimos fazer o impossível: mudar os pratos da balança e entrar em recessão até à entrada na CEE, antepassado da UE.
E aqui estamos nós, povo português, no início do segundo milénio, reduzidos à nossa verdadeira dimensão - um pequeno território continental e dois arquipélagos - o que mais pode acontecer-nos? Vendo o lado positivo da coisa (crise), os Portugueses vão ter de começar a apertar o cinto e os verdadeiramente bons são os que se vão safar e sobreviver a esta tempestade que nos fustiga. Os pobres, conformados, argumentam que nunca viveram bem, já nem os incomoda muito a crise. Já foram tantas! Só não sabem como é que vão trabalhar até à idade da reforma que está sempre a subir. Talvez de cadeira de rodas!
Continuo a defender que as armas para matar o bicho são as medidas de austeridade e o empreendedorismo. A crise, palavra maldita, mais que financeira é psicológica, só temos que nos adaptar e contorná-la, seguir em frente e alcançar os nossos objetivos. Os estudantes portugueses, geniais e excelentes, têm sucesso no estrangeiro. Mas será que alguém fica para ajudar realmente Portugal?
O futuro depende da alma e vontade portuguesas, da chama que arde dentro de nós e que já se mostrou mais acesa. Tal como os nossos antepassados - somos capazes daquilo que queremos, basta acreditar e lutar.

Texto - Pedro Cruz Silvestre -  9.º D     Ilustração - Beatriz Matos - 9.º B

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