Um Outro Olhar...

Perspetivas de Portugal:


 Ana Cristina Ribeiro Gonçalves de Oliveira 
41 anos de idade - naturalidade Trevoux (perto de Lyon) - França - nacionalidade - francesa 
Vive em Portugal há 21 anos
Mãe e encarregada de educação das alunas Diana Oliveira   do 7º D e Cláudia Oliveira do 9º A
A decisão de vir viver para Portugal, em primeiro lugar, não foi minha, foi uma decisão do meu pai, devido a uma doença. Eu só vinha nas férias. Apaixonei-me por um português que não gostou de viver em França e vim viver definitivamente para Portugal.
De França gostava da grande variedade de povos: árabes, judeus, espanhóis… tenho um carinho especial pelo país onde nasci e passei a minha infância e adolescência. Portugal é o país onde, por amor, decidi viver e constituir família. Gosto da cultura, paisagens, gastronomia e, sobretudo, das pessoas. Os Portugueses são simpáticos, têm sentido de humor. Não pensam apenas no trabalho e na casa, mas também na afetividade. No momento atual são obrigados a pensar mais nos encargos e a fazerem mais contas. Comparando os dois países, considero que em França, enquanto lá vivia, o nível de vida era superior, os salários eram mais altos, assim como os subsídios e apoios sociais, como o abono de família. Agora, nem Portugal nem a França estão bem, mas os salários continuam mais altos em França. Voilá!

Yelena Milashevych
45 anos de idade - naturalidade Smolensk (Rússia) - nacionalidade ucraniana
Vive em Portugal há 12 anos - licenciatura em Engenharia Alimentar
Mãe e Encarregada de Educação da aluna Polina Milashevych do 9º F
Vim para Portugal porque o meu marido emigrou para cá. Preferia, por motivos afetivos, tenho lá grande parte da minha família, viver na Rússia. Os Portugueses são simpáticos, amigáveis, fanáticos por futebol, apaixonados pela sua gastronomia.
Em Portugal gosto sobretudo das paisagens naturais, mas também aprecio a arquitetura e o artesanato. É um país muito belo.
Falando do momento atual do país, penso que o nível de vida na Rússia é melhor que em Portugal, mas se compararmos com a Ucrânia, Portugal está melhor. O problema maior de Portugal é o défice, que é muito elevado. Não tenho uma visão positiva da recuperação económica e financeira do país. Penso que as dificuldades se vão arrastar pelos próximos cinco anos, pelo menos.


António José Assunção Lourenço
14 anos - naturalidade Zurique - cantão de Turgan - Suíça
Reside em Portugal desde os 9 anos de idade
Conhecia Portugal de passar cá as férias, os meus pais eram emigrantes na Suíça. O sistema de ensino é muito diferente, há menos alunos por turma, só há aulas de segunda a quinta-feira. Às sextas-feiras não há aulas, mas atividades, por exemplo: aprender a cozinhar - educação física - aprender música - fazer trabalhos manuais… A escola lá é mais complicada e difícil, tinha aulas de manhã e de tarde e a língua do cantão onde vivia era o alemão. Gosto mais de falar português, é mais fácil e agradável. A gastronomia suíça é à base de salsichas, eu gostava, até tenho saudades, mas as nossas francesinhas são melhores. Eles têm bons chocolates, mas são muito caros. Os bolos da pastelaria portuguesa são mais saborosos e baratos. Gosto de viver cá, mas gostava de ir visitar a cidade onde cresci. Nunca mais voltei. Já vivo em Portugal há cinco anos.


Thaissa da Silva
16 anos - naturalidade Rialma - Estado de Goiás - Centro-Oeste do Brasil
Reside em Portugal desde fevereiro de 2010
Antes de vir para cá, não sabia praticamente nada de Portugal. Não gosto do frio, no Brasil faz sempre calor.
Os estudos aqui são mais exigentes e eu tenho muitas dificuldades em entender o que é ensinado.
Sei que aqui se vive melhor. Só em Portugal, a minha mãe conseguiu comprar o nosso primeiro computador.
Gosto dos meus amigos, de sair com eles e andar pelas ruas ou, no verão, ir às piscinas.
Ter vindo para Portugal permitiu que eu andasse, pela primeira vez, de avião, conhecesse Goiana, uma cidade grande do meu Estado e, outra ainda maior, a capital política do meu país, Brasília. Gostei de conhecer o Palácio do Planalto e a Catedral Metropolitana que foram criados por um grande arquiteto brasileiro, conhecido a nível mundial, Oscar Niemeyer, que morreu, recentemente, com quase 105 anos de idade. 
Em Portugal já conheci várias cidades, Mirandela e Porto foram as que mais gostei. Foi aqui que fui pela primeira vez à praia, em Aveiro. No Brasil vivia no interior, não tinha praia.
Gosto de Portugal, mas gostava de voltar para o Brasil. Tenho muitas saudades do meu pai adotivo que continua a viver perto da cidade onde eu cresci.
O meu irmão quer ficar cá, a minha mãe está indecisa, eu queria regressar à minha cidade, ao meu país, lá longe, no Atlântico sul.

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