Hoje Não Há TPC...

Na Educação são muitos os temas que suscitam polémica, sendo o Trabalho Para Casa (TPC) um deles. A Pedagogia debate, há muito, as vantagens e desvantagens deste trabalho acrescido dos alunos. Houve uma ministra que quis acabar com ele.
Ouvimos os principais interessados: alunos, encarregados de educação e professores.

Joana Granja - 8.º H

O TPC ajuda a consolidar a matéria dada nas aulas, os exercícios permitem-nos ver se temos dúvidas e a prepararmo-nos para os testes. Todos os alunos os deviam realizar. Contudo, estes não devem ser exagerados, pois os alunos têm o direito de descansar. Não gostamos nada de TPC nas semanas em que há testes!
Diogo Reis Santos e Mariana Santos - 7.º B

O TPC é polémico: há os que são a favor e os que são contra. Nós somos contra porque achamos que os alunos e encarregados de educação devem responsabilizar-se pelo estudo regular e individual. O problema são os alunos que não têm hábitos de trabalho e estudo, para eles o TPC é uma forma de os “fazer” estudar. O TPC “rouba” tempo ao convívio familiar, às atividades extracurriculares e, por vezes, obriga a deitarmo-nos tarde, o que não é saudável. Há professores que marcam TPC nas épocas de testes o que é desconfortável. É uma situação que gera ansiedade.
 Bárbara Osório e José Pimentel - 8.º A

Desde o início da minha vida escolar que os professores marcam TPC com o objetivo  de me “forçarem” a estudar a matéria lecionada, não apenas antes dos testes, mas com regularidade. Eu não encaro dessa maneira o TPC. Não é por ter trabalhos de casa que vou estudar mais. De um modo geral, não faço os TPC de livre vontade, mas obrigado e contrariado, o que não é, de certeza, a melhor forma de aprender. O TPC contribui para que se goste menos de estudar.
Os professores da área de Humanidades, em vez de marcarem questões sobre a matéria, deviam recomendar a leitura de livros relacionados com o que estamos a estudar. Assim os TPC seriam mais agradáveis e não o “tormento” que são.
 André Miguel Duarte - 10.º G

O TPC é uma estratégia para estudarmos a matéria lecionada nas aulas. Penso que é benéficos para os alunos. Durante a sua realização, podem surgir dúvidas que podemos esclarecer, pesquisando no manual ou na aula seguinte com o professor. O conhecimento da matéria fica melhor alicerçado e trabalhamos e desenvolvemos competências.
 Inês Barros - 10.º G

Sou mãe de uma criança que frequenta o 3.º ano do 1.º ciclo. Este ano mudou de professor, mas continua a trazer muitos trabalhos de casa todos os dias. E todos os dias é uma luta. "- Já fizeste os trabalhos?"; "- Já vou...". 
Aproxima-se a hora de ir para a cama e ainda continuam por fazer...
"- Ó mãe, não gosto de fazer isto. É sempre a mesma coisa.... "
"- Mas, ó filho, tens de os fazer."
Apesar deste "braço de ferro", continuo a pensar que os trabalhos de casa são importantes. Os alunos precisam de ter métodos de estudo, têm de se habituar a estudar as matérias todos os dias e não só quando vão ter teste no dia seguinte. Criar esta rotina de estudo é fundamental pois dará fruto não só no momento mas também mais tarde. 
Ao fazer os trabalhos, os alunos deparam-se com dúvidas e com dificuldades, é certo, mas também vão aprendendo a lidar com elas e a resolvê-las.
Familiarizam-se com os questionários e com a forma de lhes responder. É muitas vezes a partir de uma resposta errada que se aprende o que está correto. Mas para isso é necessário que os professores não se esquecem de corrigir os trabalhos e de motivar os alunos, fazendo reforços positivos.
 Fátima Campos - encarregada de educação e professora de Português

Marta Real - 8.º B
 Gosto que os professores dos meus filhos marquem TPC. Evita aquela pergunta e resposta frequentes: - “Não tens que estudar?”
 - “Não, os professores não marcaram trabalho de casa.”
Na sala de aula os professores têm muitos meninos, cada vez mais, é impossível que o trabalho aí desenvolvido seja suficiente para que tudo fique bem aprendido.
Susana Gama - encarregada de educação e assistente operacional

 No processo de ensino/aprendizagem, a trilogia aluno-professor-família deve atuar de forma concertada para edificar, de forma harmoniosa, a personalidade do aluno a nível cognitivo, psicomotor e sócio afetivo. É necessário conquistar, negociar, persuadir e envolver cada um dos intervenientes para o sucesso escolar dos alunos. A realização do TPC traz grandes benefícios, desde que seja com conta, peso e medida. O aluno deve dedicar, pelo menos, 60 minutos diários, aos trabalhos escolares. Há opiniões que reveem no TPC apenas aspetos negativos, como seja a sobrecarga de trabalho para os pais.  Eu relevo estes aspetos positivos: contribuir para a integração e interação da troika educativa aluno-professor-família; promover a organização/gestão do tempo; ajudar a reter os conteúdos explorados; ampliar os conceitos estudados; incrementar a compreensão das matérias curriculares; preparar para conteúdos futuros; fomentar a autorregulação da aprendizagem; contribuir para a autonomia e responsabilidade do aluno; tomar consciência das dificuldades encontradas; provocar a independência no estudo fora da sala de aula e melhorar o pensamento crítico do aluno.
 Olga Cristina - Professora de Ciências Naturais e Biologia e Geologia









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