Aprender a Escrita...


A parte mais difícil do domínio de uma língua é a escrita. Aprendemos a falar por volta dos dois anos, mas só aos seis anos aprendemos a escrever. Claro que, como em tudo, há exceções, algumas crianças aprendem mais cedo e outras mais tarde.
Os símbolos, os grafemas que nós usamos são dos mais simples e fáceis de desenhar, quando comparados com outros sistemas de escrita, por exemplo, os ideogramas japoneses. No entanto, há traços que, até estarem bem dominados, exigem muito esforço e dão muita canseira a alunos, pais e professores. É o caso do i, letra pela qual, geralmente, se inicia a escrita. No ensino pré-escolar, as crianças vão desenvolvendo a motricidade fina, necessária à escrita, através dos grafismos. Quem não completou o tracejado da casa do caracol?
Todos temos recordações do aprender a escrever. Para uns foi fácil e agradável, para outros nem por isso. Pedimos aos alunos do 9.º B que nos descrevessem a experiência deles para aqui partilharmos.

Teresa Bastos | 8.º E - Mariana Pires | 9.º A

Com um lápis de carvão, acabado de afiar, desenhei a minha primeira letra. O sentir o lápis a deslizar devagarinho na folha foi uma emoção muito forte e um momento perfeito. Mais difícil foi começar a escrever frases. A Professora dizia que as letras tinham que ficar em cima da linha, porque gostavam de estar sentadas. Era complicado! Agora, quando olho para os trabalhos que fiz no primeiro ano de escola, interrogo-me como é que escrever meia dúzia de linhas, nem isso, era tão difícil. Depois, lembro-me de que na altura tinha apenas seis anos. Um desabafo: escrever, agora e com esferográfica, não tem o mesmo encanto!  


Quando aprendi a escrever, tinha como grande objetivo desenhar bem as letras como a minha Professora fazia. A minha letra favorita foi sempre o S. A letra mais difícil de aprender a desenhar foi o f minúsculo. Dava muito trabalho. Desenhava-a sempre toda torta. Gostava de desenhar as letras no quadro. Nas palavras da Professora e da minha Mãe, a minha caligrafia era linda. Era!
Sandra Costa | 9.º B
                                                                                                               
A primeira letra que aprendi foi um A e fiquei feliz, porque fazia parte do meu nome. A minha caligrafia sempre foi desalinhada e trapalhona, apesar dos cadernos de duas linhas, onde escrevia palavras simples como pai, tia...Sempre gostei de escrever, para mim a escrita é um abrigo, sinto conforto ao
fazê-lo e ajuda-me a ultrapassar os dias cinzentos.
Sofia Lopes | 9.º B

O meu primeiro contacto com a escrita foi aos cinco anos, quando aprendi a escrever o meu nome com maiúsculas. Já no primeiro ano, a Professora ensinou-me, em primeiro lugar, a letra i. Em cada letra contava-nos uma história. Primeiro aprendíamos as maiúsculas e depois as minúsculas. A Professora deu-me uma regra de escrita que ainda hoje utilizo: escrever cada palavra sem levantar o lápis. Gosto do desenho das letras. Quando comecei a escrever, tinha uma caligrafia mais redondinha do que aquela que tenho atualmente.                                         
Ana Nunes | 9.º B

Aprender a escrever gerou uma grande revolução na minha vida! Todos os dias ia entusiasmada para a Escola pensando se iria aprender uma nova letra porque havia, sempre, uma canção. Ainda me lembro de algumas. Fiquei muito triste quando fiquei doente com varicela e não aprendi, com os meus colegas, a letra S. Como seria a canção dessa letra?
Bárbara Oliveira | 9.º B


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