Ler é Bom e Faz Bem...
sábado, 2 de julho de 2011
22:12
Etiquetas: Crítica não Literária , Olhares e pareceres , Redes Sociais
Etiquetas: Crítica não Literária , Olhares e pareceres , Redes Sociais
A Literatura e a arte são sempre reflexo da sociedade que as produz, mesmo quando nos parecem completamente absurdas. As ideias não nascem do ar, nascem das vivências que cada um vai guardando.
As redes sociais fazem parte da realidade diária de milhões e milhões de pessoas, lógico seria que também aparecessem nos livros que se vão escrevendo, e elas aí estão. Para além dos muitos livros técnicos sobre as redes sociais e as suas potencialidades para expandir negócios, começam a surgir romances que também as referem e, nos quais, por vezes, desempenham um papel de relevo.
A história contada no livro Milionários Acidentais de Bem Mezrich é já, sobejamente, conhecida, devido ao filme que adaptou o livro. É a criação da maior rede social do mundo, o Facebook e dos seus criadores, Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin que de amigos passaram a inimigos. Um filme é bom, um livro é melhor ainda. A literatura permite vias de exploração e leitura a que o cinema, devido à sua natureza, não pode recorrer.
O outro livro que aqui referimos - Liberdade de Jonathan Franzen é um grande best-seller com mais de um milhão de exemplares vendidos. Recebeu elogios generosos de personalidades, jornais e revistas. O The Guardian declara que é “Um trabalho extraordinário. Não há equivalente na ficção contemporânea” e considera Jonathan Franzen “O autor do século”. O Presidente dos EUA, Barak Obama, leu-o antes da sua publicação e classificou-o como fantástico. É um livro para os mais crescidos, sem piedade, dá um retrato de uma geração cibernética, cá estão as redes sociais, individualista e globalizada.
A imagem da capa é, no mínimo, uma ironia contraditória com o título, liberdade e vedações não ligam muito bem.
Os protagonistas são pessoas muito informadas, um advogado ambientalista e a sua esposa, defensores da alimentação biológica, preocupados com as questões do ambiente e a superpopulação, usam os transportes públicos, andam de bicicleta, têm o sonho utópico de construir um mundo melhor, na perspectiva deles.
Há mais, muito mais, nem sempre os grandes ideais correspondem aos actos praticados. Todo o ser humano tem, em si, grandes contradições.