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Subtilezas da Violência


"Subtilezas da Violência" - Trabalho elaborado na disciplina de Cidadania e desenvolvimento, pelos alunos do 8.º C.

 





O Broas

Ninguém será submetido... a tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes

A sensibilização para o RESPEITO dos DIREITOS deve ser contínua e estar presente no percurso escolar de todos os alunos.

Os alunos do 7.º ano, em Cidadania e Desenvolvimento, trabalharam o domínio Direitos Humanos. Em articulação com a disciplina de TIC e com a Biblioteca Escolar, analisaram e conheceram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os conhecimentos adquiridos foram a base para a elaboração, em grupo, de trabalhos criativos e apelativos.

A mensagem que transmitem é a do RESPEITO dos DIREITOS por TODOS.

 







O Broas

Direitos Humanos

De acordo com o artigo 7.º da Declaração dos Direitos do Homem, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei.” e a sociedade democrática atual apresenta a igualdade como um dos seus princípios, mas a realidade é bem diferente.

Se todos somos iguais perante a lei, os factos relatados nos meios de comunicação social refletem uma desigualdade notória.


A imagem em que surgem três peixes de tamanhos diferentes funciona como uma metáfora da igualdade que é negada a muitos. O peixe maior simboliza aqueles que têm mais poder e, por isso, tiram benefícios do mesmo a seu favor. Este peixe aproveita-se dos peixes mais pequenos (os menos poderosos) e, numa situação de conflito, quem vence é o maior.

A justiça deveria proteger todos de igual modo, mas estamos longe de alcançar este direito na sociedade contemporânea.

Infelizmente, a imagem mostra que o Mundo não é justo e que os mais poderosos prevalecem sempre.

De acordo com o artigo 2.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, “Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamadas na presente Declaração, sem distinção alguma.”

Por outras palavras, as diferenças físicas ou ideológicas da cada um não podem condicionar o direito que cada um tem de viver livremente.


Assim, na imagem, vemos uma multidão recheada de diferenças, mas todos com uma máscara igual. Esta máscara camufla a hipocrisia que caracteriza o que é defendido e depois o que acontece na realidade.

A confusão/indignação que um dos meninos mostra traduz essa dualidade que caracteriza a nossa sociedade: “Como é, então? É pra ser igual ou para ser diferente?”

Artigo 2.º - Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.


Nesta figura, observamos algumas mãos de diferentes cores e o Mundo ao alcance delas. A mensagem que esta figura transmite é que independentemente da nossa raça, cor, língua, religião, etc., todos nós temos de ser tratados com igualdade, sem haver discriminação.

 

Artigo 19.º - Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.


Nesta figura, podemos observar um grupo de homens numa “Nova Comissão dos Direitos Humanos”. Um deles diz que, antes de apresentarem os trabalhos, os negros, os índios, as mulheres e os homossexuais devem falar ou então que se calem para sempre.

Por outras palavras, ele diz que só os homens de raça caucasiana podem dar a sua opinião sobre os Direitos Humanos, o que está errado.

Toda a gente, seja quem for, tem direito à liberdade de expressão!

 

Alunos do 10.º E

Fátima Campos | Professora de Português

 

 



O Broas

Direitos Humanos

Os Direitos Humanos são naturais (nascem connosco) e inalienáveis (ninguém os pode tirar) a todos os seres humanos, independentemente de etnia, género, nacionalidade, idioma, religião ou qualquer outra condição.

Neste contexto, os alunos da disciplina de Aplicações Informáticas, do 12.º ano, em articulação com o jornal O Broas, trabalharam esta temática fundamental.

Apresentamos alguns dos trabalhos,  dos muitos que foram realizados:


Bárbara Reis e Marta Lagoa |  12.º A


André Legoinha e Inês Coelho |  12.º A



Cristiana Silva e Elisa Cardoso | 12.º F

Diogo Fontainhas e Leonor Campos | 12.º D

Jorge Lousada e Maria João Fernandes | 12.º D

Catarina Moreira e Inês Guedes | 12.º F


João Costa e Mariana Santos | 12.º A


António Lopes e Mário Travassos | 12.º B


Diogo Carvalho e Tiago Lameirão |  12.º A






O Broas

A igualdade de género

Daniel Pereira e Fernando Ribeiro | 12.º E
A igualdade de género é um conceito definidor da busca de equilíbrio entre os dois sexos. Rejeita a sociedade baseada na injustiça que tudo contamina, na discriminação incessante e na desvalorização. Quer o reconhecimento do que se é.
Transformamos a ideia de igualdade num enigma de difícil compreensão e explicação. Mas afinal o que é a igualdade ou a desigualdade? O que define o início ou final da liberdade de cada ser humano?
Independentemente de sermos homens ou mulheres devemos defender a equidade política, social e económica. Todas as opiniões devem ser válidas, todas as posições sociais devem ter igual importância, todos devemos ser valorizados pelas nossas capacidades e não pelas nossas características físicas. É necessária a mudança!
Eu, mulher, devido à minha maneira de vestir, de andar, de pensar sou criticada. Sou desvalorizada por ser mulher, aconselham-me a focar-me na casa e nos possíveis filhos, a preocupar-me com a minha aparência e não com a minha opinião política, económica ou mesmo social. Sendo eu uma mulher devia impressionar os outros com as minhas competências culinárias e não académicas ou profissionais. Basta!
Temos de criar uma comunidade onde todos, meninas e meninos, raparigas e rapazes, mulheres e homens usufruam dos mesmos direitos e deveres e sejam valorizados e suficientes por aquilo que fazem e são.


 Nesta causa Eu participo!

Renata Gaspar 11.º F

O Broas

Igualdade de Direitos?

Diogo Moreira | 12.º E
Sou rapariga. Serei mulher. Para mim, será sempre um motivo de orgulho. Não pude escolher, naturalmente, o meu género, contudo, gosto de pertencer ao sexo feminino, ao sexo que gera a vida, que luta diariamente pela mudança. São as mulheres o principal alvo de preconceito, não obstante todos os progressos já conquistados. As mulheres, para além dos desafios da vida diária, relacionados com o emprego, com a família e a própria saúde, enfrentam ainda uma grande batalha: o de se afirmarem numa sociedade formatada para aplaudir e apoiar o homem e colocar entraves às competências e iniciativas das mulheres.
Perguntar a uma adolescente se alguma vez sofreu alguma espécie de discriminação baseada no género é como perguntar ao sol se irá voltar a nascer após uma noite cerrada: a resposta será afirmativa. Pode variar o número de vezes, o grau de intensidade ou até a gravidade das situações, mas a resposta será sempre “Sim”. O simples facto de tal prevalecer no mundo inteiro, mesmo nos supostos países desenvolvidos, mostra o muito que as sociedades ainda terão que alcançar.
A desigualdade de direitos não se cinge aos salários inferiores, ao maior número de horas gastas em tarefas domésticas e à sua menor presença em cargos de alta chefia; engloba, para além disso, a educação imposta a cada um dos sexos. É desde pequenos que aprendemos que o azul é para os meninos e o rosa para as meninas, que os carros são dos rapazes e as bonecas das raparigas. Nas inocentes brincadeiras de crianças, as meninas tomam conta dos nenucos enquanto os meninos aventuram-se a ser bombeiros, polícias... Esperamos que os rapazes sejam sempre fortes e desafiadores e que as raparigas sejam discretas, embora propensas a zangas, choros, gritarias. É tudo uma questão de hormonas, certo?
Entretanto, crescemos, deixamos de ser as crianças inocentes no jardim-de-infância e saltamos para o recinto da escola do Primeiro Ciclo. Nessa fase, eu e as minhas coleguinhas passávamos os intervalos a observar os rapazes a jogar futebol e, em simultâneo, cochichávamos sobre os “colares” e camisolas que havíamos recebido. A maior parte das nossas conversas, todavia, eram direcionadas para a maria-rapaz do ano, a rapariga de cabelo apanhado e franja desgrenhada, que vestia um fato de treino azul e brincava com os rapazes. “Como se atreve?”, diziam as minhas amigas. E eu, no meu cantinho, achava-a uma corajosa. Quem é que se lembrava de ir jogar com aquelas “chitas” humanas, sujeita a levar uma bolada dolorosa na face?
Na minha opinião, é na adolescência que tomamos mais consciência do mundo em que vivemos. Atravessamos uma fase de maturação intelectual e começamos a juntar as peças do enorme puzzle que é a vida. Ouvimos as nossas avós aconselharem-nos a aprender a cozinhar, a engomar, a limpar o pó e cuidar da casa, não para nosso benefício pessoal, mas sim porque um dia nos será útil, no dia em que “casarmos e tivermos filhos”.
Mães e avós, tias e primas, juntam-se aos domingos, depois de almoço, a arrumar a cozinha enquanto os homens vão ao café.
Nós raparigas, se nos destacamos em qualquer tipo de atividade física, nunca temos o merecido reconhecimento já que “os homens são os verdadeiros desportistas”.
O atrevimento de andar na rua de calções, mesmo num dia em que a cidade se assemelha a um forno, paga-se caro: ouvimos piropos e comentários, por vezes, obscenos que fazem crescer em nós sentimentos de humilhação e impotência.
Sei que muitas mulheres vão remar sempre contra a corrente e fugir de ideias pré-concebidas. A nossa sociedade tem apresentado, contudo, consideráveis progressos, evoluindo calmamente. Nas novas gerações, rapazes e raparigas já tiveram a mesma educação na escola e que incentiva à tão desejada igualdade de direitos. A educação em casa é que, em muitos casos, ainda é diferente. Parece que as raparigas têm mais obrigação de participar nas tarefas domésticas que os rapazes. Mas há progressos. A História ensina-nos que o mundo necessita da mudança, necessita daqueles que refletem sobre a sociedade e apresentam alternativas ao que está, daqueles que desafiam as regras estabelecidas e querem melhor. A sociedade preconceituosa tem que acabar. Com os nossos protestos em alta voz, as nossas ideias justas e defensoras da igualdade, a denúncia das testemunhas tantos séculos silenciadas, a coragem e a perseverança que temos, vamos contribuir para que homens e mulheres estejam a par e não uns mais à frente que outros (outras).

E jamais cairemos nos rápidos!


Sofia Lopes | 11.º F




O Broas

Igualdade de Género


A Igualdade de Género é assunto de extrema importância, debatido a nível global, afeta todos os países do Mundo, tema de debates, colóquios, agendas nacionais e internacionais. A definição de igualdade no dicionário espelha o objetivo de todas as reflexões elaboradas acerca do tema: “o princípio de organização social segundo o qual todos os indivíduos devem ter os mesmos direitos, deveres, privilégios e oportunidades.”. Contudo, desde os primórdios da Humanidade, que as desigualdades com base no género ocorrem, afetando sobretudo as mulheres: consideradas inferiores, menos capazes, fracas.

Focando-nos na discriminação da mulher, tanto a nível social como em termos de direitos políticos, encontramos relatos aterradores e muito claros ao longo do percurso da História. Nas civilizações clássicas, dadas como exemplos supremos de cultura, descobrimos a democracia ateniense, que não considerava as mulheres cidadãs. Elas tinham uma posição de inferioridade social em relação aos homens, dedicavam-se às tarefas domésticas, ao cuidado dos maridos e à criação dos filhos. As mulheres eram obrigadas a ser subservientes aos seus cônjuges e a prestar-lhes total fidelidade. Eram proibidas de conviver com indivíduos do sexo oposto, excetuando os seus parentes, após o casamento.

Na Idade Média, a situação das mulheres não era melhor. Poucas sabiam ler ou escrever, no entanto, todas sabiam cozinhar, costurar e cuidar da casa. As mulheres do povo trabalhavam na agricultura, tecelagem e contribuíam para subsistência da família.

Na Idade Moderna, com o capitalismo, a mulher começa a ter pequenas conquistas: desempenhava um papel crucial na economia familiar, auxiliando o marido nos negócios e empregando-se no serviço doméstico e nas oficinas têxteis. As mulheres pertencentes à aristocracia obtiveram igualmente direitos: administravam a casa e conquistaram o “direito” de discutir com os seus maridos assuntos como a filosofia e a literatura. Contudo, há retrocessos: registou-se um aumento do número de prostitutas, devido ao alastrar da pobreza.

Na Idade Contemporânea, foram conquistados os maiores direitos para a mulher. Em 1893, a Nova Zelândia foi o primeiro país do Mundo a dar o direito de voto às mulheres, graças ao movimento liderado por Kate Sheppard.

Em 1945, a igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida na Carta das Nações Unidas. A pílula contracetiva, que surgiu no início da década de 60, do século XX, originou a revolução dos hábitos sexuais e permitiu à mulher gerir a sua vida sexual e controlar o número de filhos. Devido à 1.ª Guerra Mundial, a mulher começou a trabalhar em empregos até então ocupados pelos homens.

Não obstante as conquistas já efetuadas, a desigualdade de género prevalece, sendo mais visível nos países em vias de desenvolvimento, onde a igualdade é uma utopia. Em pleno século XXI muitos países continuam a recusar os direitos à sua população feminina.

No domínio religioso, a mulher desempenha um papel de subalternidade face ao homem. Esta ideia está expressa na Bíblia, no Corão, em todos os textos religiosos que fundamentam as religiões. Os casos mais flagrantes de desrespeito são os do Hinduísmo e do Islamismo, sobretudo o fundamentalista. O primeiro é a religião mais praticada na Índia, as mulheres indianas estão no topo das estatísticas mundiais em termos de prostituição, assassinato, abuso de raparigas menores, mulheres vendidas como escravas e vítimas do vírus da SIDA.

Na religião islâmica, mais grave na vertente fundamentalista, considera-se a mulher um mero “objeto”. São chocantes os comportamentos: o homem pode bater na mulher, a poligamia é aceite, as mulheres estão proibidas de liderar e só se podem casar com autorização do pai. São consideradas “imperfeitas”, tanto em termos de mente como de testemunho, e não podem recusar ter relações sexuais com os seus maridos. No Ocidente é considerado violação, para os muçulmanos, é simplesmente um direito.

Para alcançarmos a igualdade de género, algo que deveria estar assegurado, há muito a ser feito. Homens ou mulheres somos, todos, seres humanos.
Em Portugal, há mais mulheres licenciadas que homens. Não obstante, os homens ganham mais 17,8% do que as mulheres pelo mesmo trabalho e no mesmo período de tempo.

No campo da violência exercida sobre o sexo feminino, os dados são aflitivos. Segundo a OMS, estima-se que 35% das mulheres em todo o mundo já tenham sofrido qualquer tipo de violência sexual por parte do companheiro ou por parte dum desconhecido. Em Nova Deli, 92% das mulheres afirmam ter sido vítimas de violência sexual em espaços públicos.

Toda esta desigualdade de géneros a que assistimos assenta em crenças, ideias, valores religiosos, sociais e políticos, atividades laborais discriminatórias e desigualdade salarial entre homens e mulheres, designadamente no mundo empresarial. Este problema cultural persiste. Sobretudo nos dois últimos séculos, várias organizações têm feito o possível e o impossível para o combater: desenvolvem ações de antidiscriminação e de política afirmativa quanto à igualdade de género. Destacamos a Organização das Nações Unidas e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que defende que «todas as crianças tenham iguais oportunidades para desenvolverem os seus talentos».

Dia 1 de janeiro de 2018, entrou em vigor, na Islândia, a primeira lei que proíbe que se paguem montantes inferiores às mulheres que ocupem o mesmo cargo e desempenhem as mesmas funções que um homem; as empresas que empreguem 25 ou mais trabalhadores ficam sujeitas a multas se não praticarem a igualdade de salários. Este é um dos fatores que leva a Islândia a ser, pelo oitavo ano consecutivo, o melhor país do mundo para as mulheres.

A transformação e desconstrução das representações sociais acerca da mulher e do homem são um processo urgente, ainda que lento. É crucial desconstruir os estereótipos sociais, que desenham o homem como sendo forte, viril, desprovido de quaisquer sentimentos ou emoções, racional, e a mulher como um ser fraco, sentimental, tomada pelas emoções.

Como findar estes abusos e discriminações baseadas no género? O processo passa pela educação, sendo que o sistema educativo se estrutura, também, como um espaço sensível e privilegiado no âmbito das questões do género, desde o ensino pré-primário até à universidade e à formação profissional. Assim, é necessário educar as crianças a respeitarem todo e qualquer ser humano, independentemente de fatores arbitrários, tal como o género.

Em conclusão, nunca devemos deixar de lutar por um mundo mais igualitário. Como raparigas, futuras mulheres e, acima de tudo, seres humanos, merecemos habitar num lugar justo, com igualdade em todas as áreas da vivência humana. Lutamos pela concretização de uma utopia pintada nos desejos de todas as mulheres que foram presas, torturadas, até mortas, por defenderem os seus direitos.         

Rita Simões - Sofia Lopes | 11.º F


O Broas

Tenho Direito a Não Ser Discriminado

 Astrid Silva | 9.º F
Os alunos do 10.º G participaram numa Oficina de Escrita dinamizada pela Professora Alexandra Alves, na Biblioteca Escolar. O tema era a Igualdade de Direitos e uns alunos descreveram situações em que se sentiram discriminados pelo facto de serem rapazes ou raparigas. São esses testemunhos que aqui tornamos visíveis.

Pelo facto de ser rapariga, os meus pais não queriam que eu fosse à Escola, queriam que só o meu irmão fosse estudar. Felizmente, tomaram a decisão correta e, por vezes, penso que talvez tenha sido esta situação que levou à minha “paixão” pela Escola e por aprender.

No ano passado, houve dois candidatos para a eleição do Delegado de Turma: um rapaz e uma rapariga. Era evidente que o rapaz era mais competente para exercer o cargo, mas as raparigas, em maior número, uniram-se e elegeram a rapariga. E esta não desempenhou bem o seu cargo.

Quando acabei o 3.º ciclo, eu queria ir para Lamego tirar um curso de culinária, mas a minha Mãe não deixou por eu ser rapariga. Quando o meu irmão quis ir para o ensino profissional, a minha Mãe deixou. Senti-me injustiçada só porque sou mulher!

Fomos a uma festa e, para entrar, formou-se uma fila que demorava a avançar. Quando já estávamos cansados, o Porteiro decidiu deixar entrar primeiro as raparigas. Protestámos, mas não valeu de nada, tivemos que esperar mais ainda.

Não gostámos quando vamos na rua e os homens acham-se no direito de nos dizerem coisas, muitas delas desagradáveis, sobre o nosso corpo ou referindo-se à sexualidade.
É humilhante.

Há raparigas que, por desafio com outras, ou para se divertirem, fazem questão de nos provocar e, se nós não estamos interessados, fazem comentários maldosos sobre a nossa orientação sexual quando passámos e à frente de outras raparigas. É horrível.

O meu avô é empresário agrícola e quando eu e o meu irmão íamos ajudar, por exemplo, na apanha da azeitona, ele pagava mais ao meu irmão do que a mim.
Não gostei, sou rapariga, mas trabalhei tanto como ele.


Alunos do 10.º G



O Broas
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