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Cosmicomix - A descoberta do Big Bang


A Ciência é um processo de descoberta do mundo baseada na observação e na experimentação. As experiências até poderão ser mentais, mas, sem provas de índole experimental, não há validade científica.
Sem confirmação experimental, a teoria do Big Bang, a teoria que melhor explica a origem do Universo, não seria aceite. Neste livro, em banda desenhada, descreve-se um pouco a história de algumas descobertas, decisivas para a aceitação desta teoria, nomeadamente a descoberta da radiação de fundo de micro-ondas, resíduo da explosão que deu origem ao Universo. São igualmente apresentados, de forma simples, alguns conceitos de relatividade que podem ajudar à compreensão do assunto.
Na sequência da descoberta (recente) de que as ondas gravitacionais existem mesmo e de que Einstein (mais uma vez) tinha mesmo razão, eis um livro acessível e de leitura fácil, essencial para a compreensão do Big Bang e da importância da experimentação na aventura que é a Ciência.

“Cosmicomix- A descoberta do Big Bang”, por Amedeo Balbi e Rossano Piccioni, Gradiva.
Manuel Salgueiro | Professor de Físico-Química


A Metamorfose - Franz Kafka


A Metamorfose é a maior obra de Kafka, nascido a 3 de julho de 1883, em Praga, atual República Checa, e que morreu a 3 de junho de 1924, em Viena, aos 40 anos.
A história retrata a súbita metamorfose de um jovem rapaz chamado Gregor Samsa num inseto monstruoso. Até então, o protagonista era um rapaz trabalhador que  sustentava a família, exercendo uma profissão aborrecida, que não lhe fornecia realização profissional ou pessoal. A família tratava-o com afeto, todavia, com o passar do tempo, os pais passaram a acreditar que era obrigação dele sustentá-los.
Quando transformado em inseto, Gregor Samsa continua a preocupar-se com os outros, nunca consigo mesmo; como já não produz, é rejeitado cruelmente pela família, que representa a sociedade. Percebemos que esta metamorfose é uma metáfora da inadaptação das pessoas à sociedade e uma crítica profunda à mesma.
O drama da personagem principal assemelha-se ao de um trabalhador comum, que exerce um emprego do qual não gosta. No entanto, quando se dá a transfiguração,   são revelados os interesses mesquinhos e a falsidade do afeto dos que o rodeiam.  A  transformação pode também ser interpretada como uma forma de cada um de nós deixar de estar camuflado numa personagem aceite e idealizada pela sociedade, revelando-nos tal e qual como somos. A utilização das personagens da família não é inocente, pois a vida de Kafka foi marcada pela relação difícil com o pai e por complicados relacionamentos afetivos.
A ação desenvolve-se num mundo de pesadelo, em que predomina a solidão do indivíduo, indefeso diante do poder, como observamos ao longo da história quando o protagonista é feito prisioneiro no seu próprio quarto, sem qualquer interação com o exterior. A sua maior preocupação é a subsistência da família. Apesar de ir ficando cada vez mais debilitado, nunca deixa de ter em conta os sentimentos dos outros, enquanto estes, se afastam e o veem como uma aberração, um fardo que é preciso esconder e, de preferência, eliminar. O monstro não perde a humanidade,  mas os humanos sim. As cenas que são descritas pelo autor, apesar de absurdas, representam o modo como a sociedade vê e trata os que mais "incomodam”.
O clima de agonia e pessimismo mantido por Kafka é um espelho do cenário mundial da época em que a obra foi escrita. É uma obra inteligente e cruel, redigida em 1912, que permanece atual porque explora temas da sociedade contemporânea: a desesperança do ser; a solidão; a excessiva importância das aparências; a impotência da minoria perante a sociedade; a ausência de coragem de cada um para se revelar ele mesmo; a frieza e a falta de escrúpulos perante a fragilidade dos outros.

Precisamos de livros que nos afetem como um desastre, que nos angustiem profundamente, como a morte de alguém que amamos mais do que a nós mesmos, como ser banido para florestas distantes de todos, como um suicídio. Um livro tem de ser o machado para o mar congelado dentro de nós. - Franz Kafka                                                        
Joana Fraga | 10.º A


A Vida de Pi - Yann Martel

Teresa Bastos | 8.º E

A Vida de Pi é um livro de aventuras e drama que narra a história do jovem Pi, cujo nome completo é Piscine Patel. Este, aos 16 anos, parte de Pondicherry, na Índia, com a família e os animais do Zoo familiar, para o Canadá. O navio Tsimtsum, que os transporta, naufraga nos primeiros dias de viagem. Pi vê-se forçado a partilhar um salva-vidas com uma hiena, um orangotango, uma zebra ferida e um tigre, andam à deriva na imensidão do oceano Pacífico. O espaço é exíguo e o grupo acaba por se reduzir a Pi e a Richard Parker, o seu tigre de Bengala. A viagem dura sete meses, plenos de aventuras e dificuldades, estando sempre iminente um fim trágico.
Pi acaba por ser salvo e conta a sua história aos representantes da empresa japonesa, dona do navio. Como estes mostram desconfiança e incredulidade, Pi conta uma nova versão: para cada animal da primeira história há um ser humano que lhe ocupa o lugar e também o destino. 
Pi deve a sobrevivência à sua inteligência e conhecimento, lia muito e gostava de aprender, à sua fé, era crente em três religiões: Hinduísmo, Cristianismo e Islamismo e ao seu poder de fantasiar o mundo e a realidade.
O real e o fantástico cruzam-se nas páginas deste livro, o que o torna mais apelativo e interessante. A sua leitura absorve-nos da primeira à última página.
A Vida de Pi foi publicado em 2001 e recebeu o prémio Man Booker. Esteve envolto numa polémica, porque o escritor brasileiro Moacyr Scliar acusou o autor  de plágio. Yann Martel reconheceu que se tinha inspirado na obra Max e os Felinos, deste escritor e agradeceu-lhe no prefácio de novas edições. Foi adaptada ao cinema pelo realizador Ang Lee, em 2012 e recebeu quatro óscares.
Curiosidade: Foi lançado um novo livro de Yann Martel no nosso país. Sabem como se intitula? As Altas Montanhas de Portugal. Curioso!
Teresa Bastos | 8.º E


Mulherzinhas - Louisa May Alcott

Teresa Bastos | 8.º E

Este livro prendeu a minha atenção por tudo aquilo que me ensinou e pelo facto de eu, também, ainda ser uma “mulherzinha”. As quatro irmãs, principais protagonistas da história, viveram numa época em que as mulheres apenas aprendiam o básico, tinham que saber fazer a lida da casa, cozinhar, costurar, pintar, entre outros afazeres considerados femininos. Como estavam em tempo de guerra, muitas eram enfermeiras, tomavam conta de crianças, as chamadas “precetoras”, ou trabalhavam em casa de pessoas mais ricas. O casamento era algo muito importante pois o homem era o único a poder ter algum relevo na sociedade  e as mulheres dependiam deles. As quatro irmãs: Meg, Jo, Beth e Amy enfrentam as dificuldades do dia a dia, num período difícil dos EUA devido aos efeitos da Guerra da Secessão.
Jo, a segunda filha , tem 15 anos e é a narradora da história. Trabalha para a sua tia March, senhora idosa com feitio difícil, mas que possui uma biblioteca, o que permite a Jo, nos tempos livres, dedicar-se à leitura, atividade de que ela muito gosta. Jo é irreverente e defensora dos direitos das mulheres. É o motor que faz andar esta família. É muito decidida e enfrenta todos os problemas sem vacilar.
As quatro irmãs e o vizinho Laurie formam o clube Pickwick, onde fazem representações, leituras e até um jornal. Jo gosta de ler e escrever e publica, no jornal local, duas histórias da sua autoria.
Devido à doença do pai e à necessidade de arranjar dinheiro para a mãe ir ter com ele, Jo toma uma decisão muito radical para aquela época: vai cortar o cabelo para o vender. A ausência da mãe, que foi cuidar do pai que está noutra terra, aumenta as responsabilidades das quatro irmãs.
É claro que a minha personagem preferida é a Jo! Era uma rapariga diferente das outras irmãs, tinha uma mentalidade muito avançada para a época em que viveu. Jo lutava para ter os mesmos direitos que os rapazes.
As mulheres, no século XIX, não tinham os mesmos direitos que os homens. Este livro fez-me perceber que vivo numa época melhor! Sinto-me grata por isso!

Rita Encarnação | 8.º E



Aprender a Escrita...


A parte mais difícil do domínio de uma língua é a escrita. Aprendemos a falar por volta dos dois anos, mas só aos seis anos aprendemos a escrever. Claro que, como em tudo, há exceções, algumas crianças aprendem mais cedo e outras mais tarde.
Os símbolos, os grafemas que nós usamos são dos mais simples e fáceis de desenhar, quando comparados com outros sistemas de escrita, por exemplo, os ideogramas japoneses. No entanto, há traços que, até estarem bem dominados, exigem muito esforço e dão muita canseira a alunos, pais e professores. É o caso do i, letra pela qual, geralmente, se inicia a escrita. No ensino pré-escolar, as crianças vão desenvolvendo a motricidade fina, necessária à escrita, através dos grafismos. Quem não completou o tracejado da casa do caracol?
Todos temos recordações do aprender a escrever. Para uns foi fácil e agradável, para outros nem por isso. Pedimos aos alunos do 9.º B que nos descrevessem a experiência deles para aqui partilharmos.

Teresa Bastos | 8.º E - Mariana Pires | 9.º A

Com um lápis de carvão, acabado de afiar, desenhei a minha primeira letra. O sentir o lápis a deslizar devagarinho na folha foi uma emoção muito forte e um momento perfeito. Mais difícil foi começar a escrever frases. A Professora dizia que as letras tinham que ficar em cima da linha, porque gostavam de estar sentadas. Era complicado! Agora, quando olho para os trabalhos que fiz no primeiro ano de escola, interrogo-me como é que escrever meia dúzia de linhas, nem isso, era tão difícil. Depois, lembro-me de que na altura tinha apenas seis anos. Um desabafo: escrever, agora e com esferográfica, não tem o mesmo encanto!  


Quando aprendi a escrever, tinha como grande objetivo desenhar bem as letras como a minha Professora fazia. A minha letra favorita foi sempre o S. A letra mais difícil de aprender a desenhar foi o f minúsculo. Dava muito trabalho. Desenhava-a sempre toda torta. Gostava de desenhar as letras no quadro. Nas palavras da Professora e da minha Mãe, a minha caligrafia era linda. Era!
Sandra Costa | 9.º B
                                                                                                               
A primeira letra que aprendi foi um A e fiquei feliz, porque fazia parte do meu nome. A minha caligrafia sempre foi desalinhada e trapalhona, apesar dos cadernos de duas linhas, onde escrevia palavras simples como pai, tia...Sempre gostei de escrever, para mim a escrita é um abrigo, sinto conforto ao
fazê-lo e ajuda-me a ultrapassar os dias cinzentos.
Sofia Lopes | 9.º B

O meu primeiro contacto com a escrita foi aos cinco anos, quando aprendi a escrever o meu nome com maiúsculas. Já no primeiro ano, a Professora ensinou-me, em primeiro lugar, a letra i. Em cada letra contava-nos uma história. Primeiro aprendíamos as maiúsculas e depois as minúsculas. A Professora deu-me uma regra de escrita que ainda hoje utilizo: escrever cada palavra sem levantar o lápis. Gosto do desenho das letras. Quando comecei a escrever, tinha uma caligrafia mais redondinha do que aquela que tenho atualmente.                                         
Ana Nunes | 9.º B

Aprender a escrever gerou uma grande revolução na minha vida! Todos os dias ia entusiasmada para a Escola pensando se iria aprender uma nova letra porque havia, sempre, uma canção. Ainda me lembro de algumas. Fiquei muito triste quando fiquei doente com varicela e não aprendi, com os meus colegas, a letra S. Como seria a canção dessa letra?
Bárbara Oliveira | 9.º B


O Broas - Edição 2015/2016 do teu jornal...


Escrita, Escrituras e outras Aventuras foi o tema explorado no ano letivo 2015/2016. Tens 60 páginas repletas de textos e ilustrações para descobrires!

Atreve-te, sê ousado! Vai valer a pena!


Podes encontrar O BROAS em versão impressa - na Biblioteca e na entrada da Escola - ou em versão online - clica aqui.





Bem vindo ao maravilhoso mundo da ESCRITA...





escrita é uma das mais extraordinárias e fascinantes criações da Humanidade. A vontade de registar ideias, pensamentos, factos ... levou à sua invenção. Esta aventura começou na Mesopotâmia com os sumérios há 6000 anos. Ao longo do seu percurso, a escrita foi-se reinventando em múltiplas formas.


"O Broas", o teu jornal escolar, oferece-te a oportunidade de (re)descobrires mundo maravilhoso da escrita porque, este ano, o tema orientador é "Escrita, Escrituras e outras Aventuras".


"O Broas" está disponível para publicar as tuas "escrituras" e outras aventuras. Atreve-te, ousa, verás que vale a pena!


Os Sentidos das Palavras...


Há palavras que te veem
E te descrevem
Que te ouvem e te sentem.

Há palavras que falam
Pelos nossos corações.
Palavras que tu tocas
E te causam ilusões.

Há palavras que tu cheiras
E não têm odor,
Mas, mesmo assim,
Escrevemo-las com amor.

Há palavras que conhecem
O teu medo,
Contudo,
Guardam-no em segredo.

Há palavras
Estranhas na Língua Portuguesa,
Mas ainda assim,
Possuem grande beleza.

Há palavras e palavrinhas,
Palavras e palavrões,
Mas todas elas guardamos
Em nossos corações.
                                                              
Ana Rita da Fonte - Beatriz Gonçalves | 9.º H


Espaços e Lugares da Língua Portuguesa...

Museu da Língua Portuguesa - São Paulo 


Na mais populosa cidade brasileira, São Paulo, que tem 11,89 milhões de habitantes, foi inaugurado, em 2006, o primeiro e único Museu da Língua Portuguesa. Porquê nesta cidade? Porque é o lugar do mundo onde há mais pessoas a falar Português. Está no edifício histórico chamado Estação da Luz. É um museu interativo muito interessante, que contabiliza já milhões de visitantes.

Bosque de Portugal - Curitiba 



Em Curitiba, estado do Paraná, no Brasil, existe, desde 1994, um parque público conhecido por Bosque de Portugal. Nele existe um memorial da Língua Portuguesa que presta homenagem aos oito países que têm o Português como língua oficial. Há vinte e dois pilares com azulejos que têm, escritos, poemas de autores portugueses e brasileiros e um espaço pavimentado com calçada portuguesa.


Jardim dos Poetas - Oeiras 

 Em Oeiras, desde 2003, existe o Jardim dos Poetas, que é embelezado com esculturas e palavras de trinta e três escritores e poetas portugueses. Este parque nasceu da ideia do escritor David Mourão-Ferreira e do escultor Francisco Simões. A obra foi concretizada pela Câmara Municipal de Oeiras. É um espaço que ainda está em expansão e que alia o desporto, a cultura, o lazer. Visite-o!

Timor Leste...

Inês Cabral | 8.º A

Os Portugueses chegaram a Timor, à parte leste, que era habitada pelo povo Maubere, em 1512. Os Portugueses levaram missionários, que ensinaram e difundiram a religião católica e a Língua Portuguesa, neste espaço, entre a Ásia e a Oceânia.
Em 30 de agosto de 1999, após 24 longos anos de domínio indonésio, os timorenses escolheram a independência, através de um referendo promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas).
O nome que mais se destaca, quando falamos de Timor Leste, é o de Xanana Gusmão, de seu nome completo Kay Rala Xanana Gusmão. Sabemos que ele lutou pela independência do seu país, primeiro face a Portugal, depois face à Indonésia e desempenhou, até à atualidade, os mais altos cargos políticos.
Em novembro de 1992, Xanana Gusmão foi capturado pelas Forças Armadas Indonésias em Díli e transferido para uma prisão na Indonésia. O tempo em que esteve preso, dedicou-o a conceber estratégias de luta para a Resistência, a estudar a língua indonésia, inglês, direito, mas também a pintar e a escrever poemas. A sua primeira obra de poesia, premiada, em 1975, com o Prémio de Poesia Timorense é Mauberíadas, uma espécie de Os Lusíadas do povo Maubere.
Xanana Gusmão é um dos nomes que mais sobressai na poesia do seu país. Em 1973, já lhe era reconhecido mérito literário e recebeu o Prémio Revelação da Poesia Ultramarina. A Guerra Civil Timorense levou-o a escrever textos e livros políticos, como: Pátria e Revolução e Guerra, Temática Fundamental do Nosso Tempo.
Outros escritores, que lá do outro lado do mundo, em Timor Leste também designado por Timor Lorosae, escrevem e divulgam a Língua Portuguesa são: Luís Cardoso de Noronha, considerado o mais genial autor timorense e que escreveu, entre outros, Olhos de Coruja, Olhos de Gato Bravo; Fernando Sylvan, que viveu quase toda a vida em Portugal, mas sempre escreveu sobre o seu país de origem. A coletânea Enterrem o meu Coração no Ramelau contém poemas de vários poetas timorenses. A sua leitura é uma boa forma de conhecer a literatura de Timor Leste.


Diogo Fernandes – Miguel Figueira | 8.º C




Angola e Moçambique...

A presença de Portugal em África, primeiro na costa ocidental e depois, também, na costa oriental, começou no século XV. Após a Segunda Guerra Mundial, intensificou-se o movimento de descolonização. Devido à resistência de  Oliveira Salazar vamos enfrentar uma guerra colonial com três frentes: Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Só após a Revolução de 25 de abril de 1974, as colónias portuguesas em África vão conseguir a independência. A Guiné-Bissau ainda em 1974 e as outras em 1975, por isso, comemoram este ano, quarenta anos de independência. Muitas feridas foram sanadas, de ambos os lados e a Língua Portuguesa é um dos mais importantes fatores de união.

Reprodução de uma escultura da artista moçambicana Reinata Sadimba
Os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) - Angola - Cabo Verde - Guiné-Bissau - Moçambique e São Tomé e Príncipe - cooperam com o objetivo de apoiar e ajudar o desenvolvimento através de acordos e iniciativas ao nível da cultura, educação, economia e promovem campanhas de apoio à difusão e preservação da Língua Portuguesa. Angola e Moçambique são países de grande dimensão geográfica, são os espaços, em África, onde há maior número de pessoas a falar Português. Os escritores dos PALOP, sobretudo os angolanos e moçambicanos, refletem, nas suas obras, a tensão existente entre a sociedade colonial europeia e a sociedade africana, misturando, de modo recorrente, a Língua Portuguesa com expressões locais e neologismos. Os escritores angolanos que mais se destacam são: José Eduardo Agualusa, cuja obra é  conhecida no mundo inteiro e está traduzida em mais de 20 idiomas. Entre os livros de sua autoria, salientamos - Nação Crioula e O Vendedor de Passados; Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudónimo de Pepetela, autor de O Cão e os Calus e Luandando e José Luandino Vieira com obras como Nosso Musseque e O Livro dos Rios.
Em Moçambique, António Emílio Leite Couto - Mia Couto é o autor que apresenta um maior número de obras traduzidas, distinguindo-se os romances Terra Sonâmbula e Venenos de Deus, Remédios do Diabo. José João Craveirinha é, atualmente, considerado o maior poeta moçambicano. Foi o primeiro escritor africano a vencer o Prémio Camões, o mais importante prémio literário português. Paulina Chiziane, com Balada de Amor ao Vento, o seu primeiro livro, é a primeira mulher moçambicana a publicar um romance. A criatividade destes escritores e o modo muito próprio como leem o mundo faz com que mereçam a nossa leitura.

Ana Catarina Ribeiro | 9.º F


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