Encontro com D. Vasco da Gama...
terça-feira, 5 de março de 2013
17:46
Etiquetas: As pessoas contam , Olhares e pareceres , Portugal e o Mundo , Saborear a História
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Gostar de Portugal! O tema a ser explorado. O jornalista Vicente Silvestre, numa oportunidade inédita, proporcionada por um acaso feliz, entrevista, nada mais nada menos que o explorador do caminho marítimo para a Índia, Dom Vasco da Gama, almirante do Mar das Índias, conde da Vidigueira, entre outros ilustríssimos títulos.
Bom dia, D. Vasco da Gama.
Bom dia, jovem compatriota!
Comecemos pelo princípio: o que o levou a ir à Índia?
… um propósito de D. João II herdado por D. Manuel I: com uma armada de três naus (S. Gabriel, S. Rafael e Berrio) e um barco de mantimentos, rumei à Índia em busca das especiarias e outras riquezas. Aventureiro como sou, gostei do desafio.
Quais foram as principais dificuldades sentidas?
Foram, sem dúvida, muitas as dificuldades: escolher a melhor rota; resolver conflitos que os dias infindáveis sem vento, as calmarias, desencadeavam; as doenças a bordo, provocadas pela fraca alimentação. Imagina: de cento e cinquenta homens embarcados, perto de cem morreram pelo caminho. Não foi fácil chegar à Índia!
É difícil de imaginar… mas do que mais gostou, nessas terras longínquas?
Foi conhecer novos mundos, que nunca tinha imaginado. Ver animais exóticos como elefantes e tigres e descobrir que, nessas terras, também havia animais iguais aos nossos: galinhas, bois e, até, “cães que ladram como os nossos”. Ai, velhas memórias…
Agora, pensando na crise atual: é mais fácil ou difícil de vencer que o Adamastor?
A crise é um grande Adamastor. Na minha época, Portugal estava rico. E mesmo sendo um país pequeno, era um país enorme. Navegador dos três oceanos, explorador de toda a Terra. Agora somos quase um “peso-morto” da Europa. Mas haja esperança…
Vasco da Gama, pensa que existem outros mundos à espera de serem explorados?
Penso que sim, devem redescobrir os territórios que colonizámos. Falamos a mesma língua, temos conhecimentos e tecnologia de que eles precisam e eles têm recursos naturais que nos faltam. Todos lucram com uma maior proximidade. Para acabar, deixo uma mensagem a todos os leitores: Portugal pode estar mal, mas continuamos a ser portugueses. O que fomos reflete-se no que somos e no que seremos! Por tudo isto, por favor, não percam a esperança que nós somos Portugueses, corajosos e bravos!
Texto - Vicente Cruz Silvestre - 7º B | Ilustração - Luís Almeida - 7º B
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