A Física no dia-a-dia...




Para quem considere a Física difícil, uma “seca” ou até intragável, eis um livro que contraria estes preconceitos. Escrito em 1968 por Rómulo de Carvalho (mais conhecido por António Gedeão, o poeta da Pedra Filosofal e de outros poemas com inspiração na Ciência), Física no dia-a-dia (originalmente, Física para o Povo) é, provavelmente, o melhor livro de divulgação científica escrito em língua portuguesa.
Rómulo de Carvalho
Poeta
1906 - 1997
Através de perguntas simples e tratando o leitor carinhosamente por “amigo”, o autor convida e desafia à descoberta e à compreensão de muitos conceitos simples de Física e nos quais, literalmente, tropeçamos no nosso quotidiano:
- Por que razão um equilibrista usa uma vara no circo?  
- Qual a diferença entre força e pressão?
- Por que razão os corpos dentro de água parecem mais leves?
- O que é a refração da luz?
Estas são algumas perguntas a que são dadas respostas no decorrer do diálogo com o leitor.
Traduzido recentemente (e finalmente) para inglês, Física no dia-a-dia é uma obra única, um livro onde a Física está acessível e ao alcance de todos.

Para descobrir e conhecer melhor este poeta, escritor, professor, pedagogo, investigador, historiador… lembro aqui um dos seus poemas:
    
Máquina do Tempo

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá lo e tê lo, erguê lo e defrontá lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.

A Física no dia-a-dia - Rómulo de Carvalho, Relógio D’Água Editores.
Manuel Eduardo Salgueiro - Professor de Ciências Físico-químicas

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