O Professor Faz a Diferença no Desempenho Escolar...
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
20:42
Etiquetas: A Escola , As pessoas contam , Educação , Jornadas , Professor
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II Jornadas Pedagógicas
(12, 19 e 26 de outubro de 2013 na UTAD)
O Professor Faz a Diferença no Desempenho Escolar
(12, 19 e 26 de outubro de 2013 na UTAD)
O Professor Faz a Diferença no Desempenho Escolar
O grupo de professores que integra a comunidade de aprendizagem e desenvolvimento profissional da Escola S/3 S. Pedro tem vindo a implementar, na sua prática pedagógica, métodos de aprendizagem cooperativa com sucesso. No dia 19 de outubro de 2013, as professoras: Elsa Rebelo, Paula Guedes, Paula Matias, Rosalina Sampaio e Teresa Morais dinamizaram uma oficina de formação sobre métodos de aprendizagem cooperativa durante as II Jornadas pedagógicas: O professor faz a diferença no desempenho escolar, que decorreram nas instalações da Escola Superior de Enfermagem, organizadas pelos professores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, José Lopes e Helena Santos Silva.
O objetivo principal da oficina de formação foi partilhar experiências e dar a conhecer os requisitos fundamentais deste tipo de metodologia, sobretudo na sua dimensão prática. Os métodos cooperativos trabalhados foram: Jigsaw, Cabeças Numeradas Juntas, Controvérsia Criativa, Tutoria entre Pares e Verificação em Pares.
A importância do professor na determinação do sucesso nas aprendizagens dos alunos tem vindo a ser, de forma sistemática, destacada, impondo-se hoje, com evidência, como o principal fator externo ao aluno a influenciar o seu sucesso. Conscientes desta importante realidade, os professores que se reúnem em comunidades de aprendizagem procuram, em conjunto, melhorar o seu desempenho profissional. O tempo que dedicam à partilha de experiências, ao estudo de métodos inovadores e consequente reflexão, ao autoquestionamento dos seus modelos e práticas letivas, conduz a uma atitude de pesquisa constante e reflexão fundamentada, com efeitos na eficácia da sua ação pedagógica.
O trabalho nas comunidades de professores facilita o levantamento de questões sobre o modo como ensinamos, o que ensinamos e os resultados que obtemos. Permite-nos questionar:
- Se o que sempre fazemos resulta ou se estamos resistentes à inovação por comodismo e insegurança?
- Quais os princípios que enformam os nossos métodos de ensino?
- Aceitamos como natural que há alunos que não aprendem e que não podemos fazer nada ou procuramos saber porque é que isto acontece e agimos para resolver o problema?
- Estamos mais preocupados com as estratégias de ensino ou em garantir que os alunos aprendam?
- Há estratégias de aprendizagem mais eficazes do que outras?
- Quais e como podemos pô-las em prática?
- Há resultados da investigação na comunidade científica na área das ciências da educação que nos possam orientar e apoiar?
- Como adaptar estratégias diversificadas na sala de aula?
O resultado deste trabalho de reflexão e estudo conjunto de professores conduziu à implementação de métodos de aprendizagem cooperativos. É, no entanto, preciso ter presente alguns procedimentos antes de iniciar este tipo de metodologias.
A aprendizagem cooperativa não se resume ao trabalho de grupo nem pode ser aplicada casuisticamente ou de modo desorganizado. É importante que os alunos adquiram competências sociais para que o trabalho cooperativo se desenvolva num ambiente de respeito, partilha, encorajamento mútuo e entreajuda, competências estas que precisam de ser trabalhadas antes de iniciar qualquer método cooperativo. A interdependência positiva deve ser estimulada pela partilha dos recursos, apoio mútuo e celebração dos sucessos por todos para desenvolver o espírito de equipa e pela rotação dos papéis para que todos se sintam úteis e participativos no trabalho.
A avaliação do trabalho, quer individual quer do grupo, deve contribuir para que todos se empenhem e não haja lugar ao aproveitamento por parte dos alunos menos empenhados no sucesso do grupo. Ao promover a responsabilidade individual e a aplicação de mini-testes depois do trabalho em grupo, é possível avaliar o que cada um aprendeu e com a aplicação de fichas de avaliação do trabalho no grupo é possível avaliar a forma como decorreu o processo e qual o contributo de cada elemento.
Esta oficina de formação teve grande adesão dos professores que participaram nas jornadas. Dos resultados do pós-teste aplicado retirámos alguns testemunhos:
Facilitam o processo de ensino e de aprendizagem; São métodos inovadores e que me parecem muito frutíferos; Estratégias motivadoras que incentivam os alunos a serem autónomos; Achei os métodos muito enriquecedores e que permitem desenvolver, nos alunos, capacidades a nível cognitivo e social.
Frases ouvidas e que merecem reflexão
O modelo de ensino americano é muito bom para os americanos. Existe uma escola portuguesa que é preciso defender. É obrigação da Escola tornar igual aquilo que é diferente; Qualidades que o Diretor deve ter: otimismo; resiliência; tolerância; inteligência emocional; coragem; energia; ambição; vontade de aprender…; Se quisermos ter alguma esperança de ter uma democracia a sério devemos investir, a sério, na escola pública. (Valter Hugo Mãe); Ainda não está incorporado pelos alunos que a sala de aula é um local de trabalho.
Não há alunos felizes sem professores felizes!
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