Os oceanos e mares existentes no planeta que habitamos foram, desde sempre, fonte de inspiração para todas as formas de arte: música - poesia - cinema - pintura - arquitetura…
Os alunos do 12.º G pesquisaram o tema e descobriram os belos poemas de Sophia sobre o Mar que ela tanto amava e dos quais aqui deixamos cinco para lembrar ou dar a conhecer. Reproduzimos, também, obras da pintura e arquitetura maravilhosas e alusivas ao mar.
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À Beira-mar
José Malhoa |
Atlântico
Mar,
metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
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Edifício Onda Terminal do porto de Leixões |
Mar Sonoro
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
As Ondas
As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só para mim.
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Fresco da Gare da Rocha do Conde de Óbidos
Lisboa - Almada Negreiros
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Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
Quando eu morrer...
Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar
De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
Alunos do 12.º G, orientados pela Professora de História A
O Broas