Conhecer a Escola e as Pessoas - Testemunho da D. Antónia
Maria Antónia Venâncio Guedes Matos
Natural de Santa Marta de Penaguião
Natural de Santa Marta de Penaguião
Técnica Operacional nesta Escola há 15 anos
47 anos - Casada - 2 filhos.
Em que ano começou a estudar nesta Escola?
Foi no ano de 1977, tinha eu 14 anos. Quando cheguei à Escola não conhecia ninguém. As turmas eram mistas, mas os espaços do recreio separados, rapazes e raparigas não estavam juntos nos intervalos.
Quantos anos estudou nesta Escola?
Estudei 8 anos. Comecei no 7.º ano, no 9.º ano “chumbei”, os três anos do ensino secundário e mais um num curso profissional de Administração.
Como era a relação entre os alunos e destes com os professores?
A relação com os colegas era boa, tinha o meu grupo de amigas com quem passava o intervalo. A relação entre professores e alunos era muito diferente da actual. Os professores estavam muito distantes dos alunos, nas aulas não podíamos falar, levantar dúvidas, dar a nossa opinião.
Há algum professor que recorde com mais simpatia?
Há sim, a professora Filomena Afonso, minha professora de História. Era muito humana, carinhosa, diferente da maioria dos professores. Interessava-se pelos nossos problemas, ouvia-nos, dava conselhos. Tinha sempre uma palavra de encorajamento e simpatia. Gostei sempre muito dela. Ainda bem que tive a felicidade de a ter como professora.
Em que ano começou a trabalhar nesta Escola?
Foi no ano de 1995, há 15 anos. Concorri ao concurso nacional para auxiliares de educação, agora técnicos operacionais e fui colocada nesta Escola. Fiquei muito contente, era o que desejava.
Quais as principais mudanças a que assistiu no ensino?
As grandes mudanças, na minha opinião, foram a liberdade e à-vontade que os alunos conquistaram e as novas tecnologias. No meu tempo não havia computadores disponíveis nem quadros interactivos.
Quais as diferenças na sua perspectiva de aluna e na de funcionária?
As diferenças são muito grandes. As responsabilidades dos alunos é serem educados e estudar, os seus objectivos são muito pessoais. Como funcionária, tenho muito mais responsabilidades. É preciso ser dinâmica e estar atenta ao que se passa à nossa volta, intervir quando é necessário, estar disponível para resolver problemas de alunos e professores. Gosto de ser útil e procuro fazer o melhor todos os dias. Há dias complicados. Quando uma colega falta é necessário reorganizar a distribuição do trabalho e assegurar a execução de mais tarefas. Gostava que houvesse mais formação para os técnicos operacionais. Há situações difíceis de lidar. Por vezes, há dúvidas e receios.
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