Jogos Matemáticos - 9.º Campeonato Nacional



Os Jogos Matemáticos são um projeto que já tem 9 anos de existência. A sua realização, neste ano letivo vai decorrer em Évora, no próximo dia 1 de março de 2013. Este campeonato é da responsabilidade de várias entidades: Ciência Viva, Associação Ludus, Associação de Professores de Matemática e Sociedade de Professores de Matemática.

São divulgados 7 jogos de tabuleiro de natureza matemática, que estimulam o pensamento e o raciocínio, denominados Semáforo, Gatos e Cães, Rastros, Hex, Avanço e Produto. Podem participar alunos dos três ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário, de acordo com esta tabela:

A nossa Escola, como vem sendo habitual, vai participar.
O apuramento para o Campeonato Nacional organiza-se nas seguintes fases:
- apresentação, aprendizagem (no caso dos alunos ainda não saberem jogar), treino dos jogos e seleção do melhor aluno, em cada jogo, por turma;
- disputa do campeonato interno para apurar o melhor aluno em cada jogo. São eles que vão  representar a Escola no Campeonato Nacional;
- participação no Campeonato Nacional, este ano, no 9º  Campeonato Nacional dos Jogos Matemáticos.
Na primeira fase, divulgam-se e disponibilizam-se os jogos entre os alunos, desde o início do ano letivo, num horário definido para o efeito, quartas-feiras, das 16:45 horas, às 17:30 horas, na Passerelle. Todos os alunos podem participar.
Na última semana do 1º Período, inicia-se fase de treinos, em cada turma, e faz-se o apuramento dos alunos, que irão representar a turma, nas três categorias dos jogos.
No Dia das Broas, 6 de fevereiro, realizou-se a final da Escola, tendo ficado apurados os três alunos do Ensino Básico e os três alunos do Ensino Secundário que representarão a nossa Escola, no Campeonato Nacional, em Évora, no dia 1 de março. São eles: Guilherme Rodrigues - 8º E - Bruna da Cruz e Sara Cardoso -  9º H - Fabiano dos Santos - 10º A - Pedro Félix - 10º E - Filipa Cardoso -12º A

No ano transato, participaram nesta iniciativa mais de 861 escolas, representadas por mais de 2437 alunos, provenientes de Norte a Sul de Portugal, incluindo ilhas.

Elisabete Fernandes -  Dinamizadora do Projeto

Carta a Um Fumador...



Vila Real, 12 de novembro de 2012
Querida Madrinha,

Apesar da longa distância que nos separa, soube da triste notícia de que voltaste a fumar. Nesse dia, a minha alma entristeceu, o sol, que irradiava, ficou obscurecido de fumo, o mundo ficou mais cinzento e o dia ficou noite. Vi-te no meio da escuridão que te acompanhava como uma sombra envolta em neblina fumarenta.
Fizeste-me lembrar uma professora que tive há uns anos atrás. Ela vestia de escuro, cor que disfarça, mas o seu hálito era desagradável e indesmentível. Cheirava a fumo, tal como um vulcão a enxofre. Os seus dentes estavam escurecidos e amarelos. Tinha olheiras profundas e a sua pele era velha, pálida e enrugada. O seu cabelo era negro tal como o é a chaminé de uma fábrica poluente. Quando entrava na sala, os alunos olhavam uns para os outros com uns olhares comprometidos, suspendendo a respiração. Aquele cheiro era insuportável. O rosto estava desesperado, com olhos raiados de fumo.
Tinha uma tosse seca, irritante, e trazia sempre uma garrafa de água na sua carteira para as emergências que acompanhava com mais de um maço de tabaco e isqueiro. Todos os intervalos, fizesse chuva, fizesse sol, lá estava ela no exterior da escola, com mais uns quantos dominados pelo mesmo vício. Tu também frequentavas o mesmo lugar, nesse canto semeado de beatas, onde entre poucas conversas salteadas, o teu ser era dominado pelo vício que por ti se alimentava do ar poluído da combustão do cigarro.
Inesperadamente, acordei com um trovão e um vento que, sem saber que o Outono já chegara, levara para junto da minha janela um ramo que se queria despedir. Já sentada na cama, sem saber o que verdadeiramente me acontecera, logo me veio à memória o que acabara de sonhar. Liguei a luz e decidi que te devia pedir para te libertares desse vício. Mais confiante e tranquilizada, de novo embalada pelos ventos, caí de novo num outro sonho, sem lembrança, que me transportou até de manhã. Era hora, mandada pelo despertador, para eu ir para a Escola.
Sentada na sala, entre amigos e conversas sempre inacabadas, eis que a porta se abre e a professora entra, sorridente e de ar jovem, com pele lisa e rosada, num traje completo e belo, a largar sorrisos e um aroma perfumado, voltei-me a lembrar de novo de ti. Peguei na minha caneta e numa folha arrancada do meu caderno preferido e escrevi-te estas palavras, que são um pedido enternecido, para ti:
Madrinha! Não quero que fumes, para que não te degrades e não adoeças. Eu gosto muito de ti e quero ver-te por cá, por muitos e longos anos. Quero crescer ao teu lado e ver-te a sorrir como a minha professora.
Um grande beijinho da tua afilhada,
Rita Salgado
Esta Carta a um Fumador ganhou o concurso promovido pelo PPES na campanha contra o consumo de tabaco.

Euroscola...



Esta é uma Europa que merece ser amada, já que amar a Europa é o nosso futuro!
Martin Schulz - Presidente do Parlamento Europeu


O concurso Euroscola é organizado, a nível nacional, pela IPDJ - IP e pelo Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, com a participação da Assembleia da República. Todos os anos há temas novos e os alunos têm que apresentar um trabalho escrito e defendê-lo, oralmente, na Assembleia da República. No final, são apuradas as escolas que vão participar numa das sessões que se realizam no edifício do Parlamento Europeu, em Estrasburgo - França. Para este ano, a nossa Escola, foi apurada. Um grupo de 24 alunos, acompanhados pelos professores Pedro Areias e Alexandre Breda, nos dias 14 e 15 de fevereiro, integraram a sessão que juntou 450 jovens oriundos da Alemanha, Áustria, Bulgária, Chipre, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Lituânia, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia e  Suécia. 



O Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, no discurso de boas-vindas, focou os principais objetivos do projeto - familiarizar os jovens com o funcionamento das instituições europeias - consciencializá-los para a sua condição de cidadãos europeus e a sua intervenção na organização futura da Europa - oferecer-lhes uma tribuna onde possam exprimir as opiniões pessoais e valorizar o seu envolvimento no projeto europeu. Este órgão engloba 754 eurodeputados oriundos dos 27 países membros. A representação de cada país depende da sua população total, podendo variar entre 6 e os 99 deputados. A Alemanha é o país que tem maior representatividade. Os deputados dividem-se de acordo com o seu partido (há 7 diferentes) e integram-se em comissões, os do mesmo país nunca se sentam juntos. 

Iniciados os trabalhos, um aluno de cada escola apresentou o seu país e o estabelecimento de ensino. Eu, Inês Rento, tive a responsabilidade dessa missão. Foquei os aspetos nacionais mais interessantes, como o facto de Portugal ser o berço de Luís de Camões, Fernando Pessoa, Cristiano Ronaldo e ser o  país do vinho do Porto, da região do Douro. A sessão de perguntas e respostas levou à interação entre os alunos e os eurodeputados presentes. Debateu-se a importância da UE, o crescimento demográfico e a crise financeira, e afirmou-se a ideia de que, apesar das dificuldades atuais, devemos ter orgulho em pertencer à UE e conhecer as suas grandes vantagens. O Eurogame, questionário sobre a UE, fez-nos pensar muito.
De tarde, os alunos foram divididos em seis grupos, juntando-se os que, nas  suas escolas, tinham trabalhado o mesmo tema. As temáticas em debate eram: Ambiente e energias renováveis; Liberdade de informação e cultura da cidadania; 2013 - Ano Europeu dos Cidadãos; Futuro da Europa; Política Agrícola e Migrações e Integração. Os problemas em questão eram: Como favorecer um desenvolvimento sustentável?; Quais as vantagens e problemas do desenvolvimento das TIC?; Como conciliar a diversidade?; Quais as regras a respeitar quanto aos fluxos migratórios?... As conclusões foram apresentadas, votadas, aprovadas, ou não, em Plenário. Surgiram ideias interessantes, como por exemplo: aplicar taxas sobre os equipamentos eletrónicos antigos porque consomem mais energia; proibir a produção de alimentos geneticamente modificados para garantir a segurança alimentar…
Foi uma experiência única e extraordinária, permitiu-nos perceber melhor como funciona a democracia europeia, conviver com pessoas novas e muito (?!!) diferentes. Foi muito bom!
No dia seguinte, fomos conhecer a cidade, que, coberta de neve, estava linda!


Carolina Novo - 12 G e Inês Rento - 12.º C

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