Geologia no espaço envolvente da Escola Secundária São Pedro

Materiais e processos que podem ser estudados a partir das rochas das imediações da escola

No dia 6 de outubro de 2021, os alunos da turma D, de 10.º ano, da Escola Secundária São Pedro, acompanhados pela professora da disciplina de Biologia/Geologia, realizaram uma saída de campo, no espaço urbano de Vila Real. Esta saída foi realizada com o objetivo de compreender quais os materiais e processos geológicos que podem ser estudados a partir das rochas das imediações da escola.

O roteiro incluía várias paragens, tais como a Estátua “A menina a ler”, símbolo da Escola Secundária São Pedro; o espaço envolvente da Igreja do Bom Jesus do Calvário e miradouro; a rampa do Calvário; o Jardim da Carreira; a margem direita do rio Corgo e o Largo de São Pedro.

Assim, os alunos verificaram que a principal rocha que aflora nesta zona é o granito (Fig.1) mas que nas margens do rio Corgo existem algumas rochas sedimentares e outras metamórficas como o xisto, uma rocha com textura foliada que se forma em contexto de metamorfismo regional, com pressões orientadas e em regra relacionado com a orogénese (formação de montanhas).

As margens do rio possuem solos bons para a agricultura já que são muito espessos devido à deposição de sedimentos.

Também observaram que diversas rochas, nomeadamente o granito, estavam alteradas, algumas devido à oxidação da biotite e outras devido à erosão e meteorização que ocorreu ao longo do tempo. O granito de algumas zonas também apresentava formações posteriores à sua formação, como os micro-filões de quartzo e as diaclases (fig.2). Estas correspondem a fraturações naturais do granito, segundo as três direções do espaço (x, y, z) e que resulta do desaparecimento das rochas de cobertura que fazem diminuir a pressão.


Fig.1 – Granito  

   Fig.2 – Diaclase no granito



Fig.3 – Parte do Monte do Calvário


Na paragem da Igreja do Bom Jesus do Calvário, os alunos verificaram que esta foi construída sobre o ponto mais alto de Vila Real – o Monte do Calvário (Fig.3), de onde é possível ver parte da cidade bem como as montanhas do Marão e do Alvão.

Curiosidade: o nome Alvão está associado ao facto de o sol incidir na rocha e refletir a mancha branca da montanha, surgindo na sequência do aumentativo de alvo.

Nas diversas infraestruturas observadas, foram usados diversos tipos de granitos que afloram em diferentes zonas, tais como Constantim ou Vila Pouca de Aguiar, e algumas dessas rochas já apresentavam patologias como a arenização e encrustação de seres vivos.

Após esta aula de campo, os alunos verificaram que a cidade fica localizada numa zona de contacto entre rochas metassedimentares e magmáticas, cuja génese proporcionou uma grande diversidade de aspetos litológicos.

É de destacar que Vila Real é atravessada pela Falha Penacova-Régua-Verín (ZFPRV), o que faz com que na cidade existam vários patamares tectónicos de diferentes elevações, sendo que no patamar inferior estão encaixados os rios Corgo e Cabril.

Conclui-se que esta saída aumentou os conhecimentos dos alunos sobre a cidade de Vila Real e sobre a geologia presente nos espaços envolventes à sua escola.


Trabalho realizado por:

Alexandra Botelho nº 1;

Francisco Borges nº 4;

João Azevedo nº 8;

José Moreira nº 11



O Broas

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