O SARS-CoV-2 na minha vida...

O Broas formulou diversas questões para auscultar alguns membros da comunidade educativa sobre o impacto do Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavírus 2 (SARS-COV-2) na sua vida pessoal e escolar. Responderam alunos do ensino básico e do ensino secundário, encarregados de educação, professores e assistentes operacionais. As questões foram o guião para os textos que construíram.

 

O que pensas sobre o que se está a passar?

2. Tens um horário de trabalho?

que horas te levantas e te deitas?

4. Passas o dia em pijama ou vestes outro tipo de roupa?

, diariamente?

6. Alteraste a tua alimentação?

7. O que querias muito fazer e não tinhas tempo, e agora tens?

8. O que pensas do novo sistema de ensino que está a ser aplicado?

 

Alunos do Ensino Básico

 

É-nos prejudicial porque nas videoconferências os conteúdos das disciplinas são menos explícitos do que nas aulas.

Tenho um horário de trabalho, onde procuro fazer as tarefas que os professores mandam pela plataforma classroom e também procuro estudar. Levanto-me por volta das 10:00 e deito-me por volta das 23:30.

Normalmente, troco sempre o pijama por uma roupa confortável, como, por exemplo, um fato de treino.

Alimento-me de forma saudável e como poucos doces.

Apesar do esforço dos professores para obter as melhores soluções, penso que deviam apostar noutro sistema, porque há alunos que não têm computador ou Internet. Mas, por outro lado, penso que estamos todos a fazer os possíveis, uma vez que nunca estivemos numa situação destas.

 

Inês Rainho | 8.º B

O que se está a passar é uma situação nova para todos, uma guerra que ninguém sabe quem vai ganhar: o ser humano ou o vírus.

Trabalho quando tenho mais vontade, mas, claro, em tempo de aulas, tenho um horário para assistir às videoaulas e fazer as atividades propostas.

Acordo por volta das 8:30/9:00 e deito-me por volta das 22:00/22:30. Durante o dia, ando com um fato de treino, só visto o pijama à noite. Pratico exercício físico, mas não tão intensvamente como era habitual. Alterei a alimentação e também os horários das refeições. Agora, tenho mais tempo para ler, brincar e jogar alguns videojogos.

Este novo método de ensino é muito inovador, mas precisa ainda de alguns ajustamentos.

 

António Mestre | 8.º C

 

 Aluna do Ensino Secundário



Manuel Fernandes | 8.º C

 O que estamos a viver assusta-me! As notícias de Itália e de Espanha deixam-me apreensiva. A pandemia fez-me prestar mais atenção às notícias. Perante o que vivemos, lembro-me das pestes, que ocorreram há séculos e estudei em História. Pensei que nunca mais haveria uma catástrofe, assim.

A pandemia “roubou-me” tempo com os amigos. Deve respeitar-se a quarentena para ultrapassar tudo isto,  e não devemos esquecer os milhares que morreram.

Com o confinamento, é difícil ter um horário de trabalho certo, mas tento estudar todos os dias, cerca de uma ou duas horas. Há mais tempo para estudar o que, com as aulas presenciais, era mais difícil.

O meu horário de sono tem “sofrido” mudanças, tenho-me deitado mais tarde do que era habitual em horário escolar normal. O horário para me levantar e deitar não é fixo,  tento não dormir até tarde, pois não gosto de saltar refeições, principalmente o pequeno-almoço. Nunca fico de pijama o dia todo, uso um fato de treino confortável. Sempre pratiquei exercício físico diário, agora não é exceção, e é bastante importante para estarmos bem. Embora seja difícil arranjar motivação, continuo a praticar, mas faço-o de uma maneira diferente. É uma das minhas partes favoritas do dia, durante aquela hora esqueço-me de tudo e, quando acabo, sinto-me melhor. A minha alimentação tem-se mantido mais ao menos igual, mas tenho comido um pouco mais, do que o habitual.  

Agora passo mais tempo com a família. Falo com os meus amigos todos os dias, não perdermos o contacto. Fazemos videochamadas, nas quais falamos sobre o que está a acontecer.

As aulas online são a solução possível para os alunos estudarem. Estas aulas têm desvantagens, sendo a principal e mais notória, a falta de convívio. O esclarecimento de dúvidas e a comunicação são mais difíceis, o que pode desmotivar. Não termos a rotina da escola dificulta a motivação para estudar, deixar o sofá, sair da frente da TV e largar o telemóvel. Os aspetos positivos são o podermos aprender no conforto da nossa casa e a diminuição da carga horária. Temos mais tempo para estudar e fazer outras atividades, que não fazíamos.

Toda esta situação é complicada e uma das coisas de que tenho mais saudades é o convívio e o facto de não poder estar com os meus amigos, devido ao afastamento social, pois, parecendo que não, a escola é o sítio onde passamos a maior parte do nosso tempo e é, sem dúvida, o sítio onde convivemos mais e onde partilhamos mais experiências.

Estamos a viver uma realidade diferente de tudo aquilo a que estávamos habituados, estamos “presos” na nossa própria casa e obrigados e permanecer afastados uns dos outros, mas o importante é não perder a esperança e pensar que tudo isto, um dia, irá passar e esperar para que nesse dia nos possamos abraçar de novo.

Bárbara Pereira | 12.º F

 




O Broas

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